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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


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Zelensky pede que Ocidente reconheça Rússia como 'Estado terrorista'

Colaboração para o UOL

08/03/2022 14h52Atualizada em 08/03/2022 16h02

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, durante discurso ao Parlamento britânico hoje, que os países do Ocidente reconheçam a Rússia como um "Estado terrorista" em razão dos ataques lançados contra o país desde 24 de fevereiro.

"Por favor, aumente a pressão das sanções contra esse país, reconheça aquele país como Estado terrorista e garanta que nossos céus ucranianos estejam a salvo. Por favor, faça o que precisa ser feito", declarou aos britânicos, em pronunciamento por videconferência.

A fala de Zelensky faz referência à decisão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de não implementar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia para evitar ofensivas russas. A Otan afirma que não está em guerra contra a Rússia e que os ucranianos não fazem parte da organização. Além disso, diz atuar em pacto de defesa, não de ataque, ao contrário do que defende o líder ucraniano.

"Houve reunião do conselho da Otan, sentimos que não tivemos o resultado que esperávamos. Infelizmente, as alianças nem sempre funcionam como deveriam, pois a zona de exclusão aérea não pôde ser estabelecida", lamentou.

Durante o discurso, Zelensky também disse que mais de 50 crianças foram mortas pelo exército russo desde o início da guerra e afirmou que a Rússia negou entrega de apoio humanitário. "Não permitiram que alimentos nem apoio humanitário fossem entregues e as pessoas começaram a entrar em pânico."

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Boris Johnson fala em entregar "armas necessárias" à Ucrânia

Após o discurso do presidente da Ucrânia, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, respondeu afirmando que defende a entrega de "armas necessárias" para os ucranianos lutarem contra os russos.

"Nossos líderes e aliados estão determinados a pressionar e fornecer aos amigos ucranianos armas necessárias a defender sua pátria e pressionar para trazer sanções ainda mais importantes."

"Nunca antes no último século a democracia houve anúncio como esse. Uma grande capital europeia sobre ameaça russa e o presidente firme em nome da democracia e liberdade. Então é correto defender esse movimento e tenho certeza que foi emocionante para todos. Nesse momento todos somos ucranianos, defendendo suas casas e suas famílias contra esse ataque brutal", completou Boris.

Pouco antes de começar a sessão no Parlamento, o primeiro-ministro do Reino Unido confirmou que o governo vai seguir os Estados Unidos e reduzir gradativamente as importações de petróleo da Rússia até chegar a zero. A informação já havia sido adiantada pelo secretário de Energia britânico, Kwasi Kwarteng, pelas redes sociais.