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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Zelensky diz que exército russo sofre maior perda de militares em décadas

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

12/03/2022 09h25Atualizada em 12/03/2022 11h37

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse hoje (12) que a baixa de militares do Exército da Rússia é a maior vista em décadas. As informações são da rede de televisão Sky News e da CNN Internacional. A invasão da Ucrânia por tropas russas está no 17º dia.

Em 2 de março, a Rússia, em uma rara divulgação sobre os números de militares mortos no conflito, disse que 498 dos seus soldados haviam morrido no conflito até aquele momento. No entanto, no mesmo dia, a Ucrânia disse que seis mil militares da Rússia haviam sido mortos na guerra.

"As tropas russas estão sofrendo grandes perdas. Poderíamos até falar agora sobre o maior golpe para as tropas russas em décadas", disse Zelensky hoje.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Zelensky afirmou que cerca de 31 grupos de batalhões táticos russos ficaram incapazes de combater, após a reação dos militares ucranianos. Ainda segundo o presidente ucraniano, mais de 360 tanques russos foram perdidos.

O líder ucraniano também voltou a dizer que grupos de tropas russas estão se rendendo às forças da Ucrânia, enquanto o país de Vladimir Putin está recrutando combatentes, reservistas, recrutas e mercenários para "superar em número" os militares ucranianos.

"Eles [russos] estão usando o terror para nos quebrar, para quebrar nossa fé na vitória da Ucrânia, estou confiante de que não terão sucesso", acrescentou.

Com fala destinada à cidade de Mariupol, que já registrou mais de 1,5 mil mortos no conflito, Zelensky informou que a Ucrânia irá buscar um cessar-fogo no corredor humanitário para permitir a evacuação de civis e a chegada de mantimentos.

Na mesma gravação, o presidente ucraniano exigiu a libertação do prefeito da cidade de Melitopol, Ivan Fedorov, a cerca de 700 quilômetros da capital do país. Zelensky pediu a ajuda de França e Alemanha para resgatá-lo. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Fedorov foi detido sob acusação de terrorismo pelo governo russo. A Rússia não comentou.

"Ontem, os ocupantes sequestraram o prefeito de Melitopol, o público exige sua libertação. Nossa demanda é simples, sua libertação imediata."

Hoje, cerca de 2 mil ucranianos protestaram em Melitopol pela libertação do prefeito Fedorov.

Mortes de civis na Ucrânia superam perdas de militares, diz ministro

As forças russas que invadem a Ucrânia mataram mais civis ucranianos do que soldados, disse na sexta-feira (11) o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, de acordo com a agência de notícias Reuters.

"Quero que isto seja ouvido não apenas em Kiev, mas em todo o mundo", disse Reznikov.

"O Kremlin está bombardeando escolas, clínicas e maternidades. Moscou não protege ninguém — ela destrói. Eles não são capazes de lutar contra nosso exército, guarda nacional, defesa territorial, para que ataquem os mais vulneráveis", acrescentou.

Reznikov disse que agora o governo trabalha para salvar a vida dos ucranianos. A prioridade, segundo ele, é organizar corredores humanitários para evacuar os cidadãos das cidades mais vulneráveis — principalmente Mariupol, cidades da região de Sumy, região de Kharkiv, alguns subúrbios de Kiev — bem como entregar itens humanitários.

Pentágono estima que entre 2 mil e 4 mil soldados russos morreram na Ucrânia

O diretor da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono disse aos legisladores do país na terça-feira (8) que estima entre dois a quatro mil soldados russos mortos na invasão até aquele momento.

O tenente-general Scott Berrier, diretor da agência, acrescentou, no entanto, que a estimativa é considerada "de baixa confiança", porque foi montada usando uma combinação de fontes de inteligência e dados de código aberto.

*Com AFP e Reuters