EUA dizem que avisaram China sobre 'consequências' caso ajudem a Rússia
O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, disse hoje que o país foi "muito claro" com a China sobre possíveis consequências que podem ser aplicadas caso o governo de Xi Jinping ajude a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
A declaração do governo de Joe Biden acontece um dia a imprensa norte-americana dizer que a Rússia solicitou ajuda econômica e militar da China para a guerra e para contornar as sanções que estão sendo aplicadas ao país.
"Estamos observando de perto até que ponto a China apoiaria de forma financeira, econômica ou de qualquer outra forma a Rússia nessa guerra por escolha de Putin... Fomos muito claros com Pequim de forma pública e privada, deixando claro que haveria consequências", disse Price durante coletiva de imprensa.
Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que a informação é "completamente falsa". O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, também negou que o país pediu ajuda aos chineses, segundo detalham agências de notícias russas.
Por causa da denúncia do jornal norte-americano, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o chefe da diplomacia do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi, se reuniram nesta manhã em Roma, na Itália. Segundo Price, o encontrou aconteceu para "garantir a clareza" do governo norte-americano quanto às "preocupações em implicações".
De acordo com a CNN internacional, no encontro, Sullivan alertou Jiechi sobre o possível envolvimento do governo de Pequim na guerra.
"Temos preocupações sobre o alinhamento da China com a Rússia neste momento e o conselheiro de segurança nacional foi direto sobre essas preocupações e as potenciais implicações e consequências de certas ações", um funcionário do alto escalão do governo Biden disse à emissora.
Neutralidade da China
Aliada da Rússia, a China tem mantido uma posição supostamente neutra sobre a guerra entre russos e ucranianos. Enquanto países ocidentais, como Estados Unidos e nações europeias, deixaram claro rapidamente seus posicionamentos contra a invasão russa, Pequim mantém cautela e, no máximo, se ofereceu para mediar as conversas entre os dois países.
Durante votação na ONU (Organização das Nações Unidas) de uma resolução deplorando os ataques russos, cinco países votaram contra e 141, a favor. A China não foi a favor nem contra: absteve-se da votação, junto de outros 34 nações.
"A China precisa decidir se vai continuar garantindo ajuda econômica para a Rússia ou se vai agir. Queríamos realmente ter essa conversa, principalmente depois de receber os relatórios sobre a invasão da Ucrânia", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
* Com EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.