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Guerra da Rússia-Ucrânia

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EUA dizem que avisaram China sobre 'consequências' caso ajudem a Rússia

O porta-voz do Departamento de Estado Ned Price - Manuel Balce Ceneta/Reuters
O porta-voz do Departamento de Estado Ned Price Imagem: Manuel Balce Ceneta/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

14/03/2022 16h40Atualizada em 14/03/2022 20h20

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, disse hoje que o país foi "muito claro" com a China sobre possíveis consequências que podem ser aplicadas caso o governo de Xi Jinping ajude a Rússia na guerra contra a Ucrânia.

A declaração do governo de Joe Biden acontece um dia a imprensa norte-americana dizer que a Rússia solicitou ajuda econômica e militar da China para a guerra e para contornar as sanções que estão sendo aplicadas ao país.

"Estamos observando de perto até que ponto a China apoiaria de forma financeira, econômica ou de qualquer outra forma a Rússia nessa guerra por escolha de Putin... Fomos muito claros com Pequim de forma pública e privada, deixando claro que haveria consequências", disse Price durante coletiva de imprensa.

Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que a informação é "completamente falsa". O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, também negou que o país pediu ajuda aos chineses, segundo detalham agências de notícias russas.

Por causa da denúncia do jornal norte-americano, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o chefe da diplomacia do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi, se reuniram nesta manhã em Roma, na Itália. Segundo Price, o encontrou aconteceu para "garantir a clareza" do governo norte-americano quanto às "preocupações em implicações".

De acordo com a CNN internacional, no encontro, Sullivan alertou Jiechi sobre o possível envolvimento do governo de Pequim na guerra.

"Temos preocupações sobre o alinhamento da China com a Rússia neste momento e o conselheiro de segurança nacional foi direto sobre essas preocupações e as potenciais implicações e consequências de certas ações", um funcionário do alto escalão do governo Biden disse à emissora.

Neutralidade da China

Aliada da Rússia, a China tem mantido uma posição supostamente neutra sobre a guerra entre russos e ucranianos. Enquanto países ocidentais, como Estados Unidos e nações europeias, deixaram claro rapidamente seus posicionamentos contra a invasão russa, Pequim mantém cautela e, no máximo, se ofereceu para mediar as conversas entre os dois países.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Durante votação na ONU (Organização das Nações Unidas) de uma resolução deplorando os ataques russos, cinco países votaram contra e 141, a favor. A China não foi a favor nem contra: absteve-se da votação, junto de outros 34 nações.

"A China precisa decidir se vai continuar garantindo ajuda econômica para a Rússia ou se vai agir. Queríamos realmente ter essa conversa, principalmente depois de receber os relatórios sobre a invasão da Ucrânia", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

* Com EFE