Tiros interrompem visita de ministra do Interior do Chile a região mapuche
Disparos interromperam hoje a visita da ministra do Interior e Segurança Pública do Chile, Izkia Siches, e sua comitiva, à cidade de La Araucanía, no sul do país. A região é marcada por conflitos entre indígenas mapuche e fazendeiros.
Izkia, que tomou posse na sexta-feira (11) com o governo do esquerdista Gabriel Boric, iniciou hoje, junto a outros ministros, a primeira visita à região militarizada desde outubro, quando o ex-presidente Sebastián Piñera decretou estado de exceção após ataques incendiários.
A ministra visitaria Marcelo Catrillanca, pai de Camilo Catrillanca, um fazendeiro que foi morto durante uma operação policial em 2018, aos 24 anos. A delegação estava em um carro, próximo ao município de Ercilla, quando tiros foram disparados.
Segundo autoridades chilenas, um outro veículo em chamas também havia sido deixado no caminho para dificultar o acesso da comitiva. Uma placa, deixada próxima ao local, dizia "Izkia Siches, enquanto houver presos políticos mapuches, não haverá diálogo."
Não há registro de feridos, mas Izkia teve de se abrigar em uma delegacia próxima de onde estava.
Marcelo Catrillanca saudou a ministra e disse valorizar a intenção do governo. Contudo, afirmou não saber o que havia acontecido no caminho.
Mapuches no sul do Chile
Mapuches são um povo indígena do Chile e da Argentina. Chamados pejorativamente de "araucanos", eles reivindicam terras que agora estão em posse de empresas florestais na região.
Tráfico de madeira e narcotráfico também alimentam conflitos na região chilena. No ano passado, foram ao menos 1200 atentados; este ano, ao menos 8 pessoas morreram.
* Com informações da AFP
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