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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia pede ajuda militar à China em guerra contra Ucrânia, diz TV

Do UOL, em São Paulo

15/03/2022 01h06

A Rússia pediu apoio militar à China durante a sua guerra contra a Ucrânia, segundo informação repassada por uma autoridade dos Estados Unidos à rede de TV CBS News. Na lista de pedidos estariam a assistência financeira e a possibilidade de fornecimento de drones. Russos e chineses negam a informação.

Segundo a reportagem, militares ucranianos utilizam drones do modelo Bayraktar TB2, fabricados na Turquia, controlados de forma remota e capazes de destruir até tanques de guerra. Os equipamentos estariam sendo usados de forma bastante eficaz, o que levou a Rússia a consultar à China. O governo de Vladimir Putin, diz a publicação, não teria previsto a utilização desse tipo de aeronave no conflito.

A reportagem, no entanto, não deixa claro se a China já respondeu aos pedidos da Rússia e qual teria sido a resposta dela.

Quase três semanas depois do início da invasão, os ucranianos ainda possuem uma maioria significativa de seu inventário de drones, de acordo com o funcionário —sob condição de anonimato— à emissora, e os EUA conversam com aliados e parceiros para fornecerem mais armas desse tipo aos ucranianos.

  • Veja últimas notícias da guerra na Ucrânia e mais no UOL News com Fabíola Cidral:

Questionado sobre o assunto, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, negou dizendo que Moscou tem potencial para continuar uma operação militar de forma independente na Ucrânia;

"Não. A Rússia tem um potencial independente para continuar a operação e, como dissemos, está se desenvolvendo de acordo com o planejado e será concluído no prazo e na íntegra", disse Peskov, ao ser questionado se a Rússia havia pedido ajuda militar à China.

Já a China acusou os Estados Unidos de espalharem mentiras e reforçou o seu "papel construtivo na promoção das negociações de paz".

"Os EUA estão espalhando desinformação maliciosamente contra a China. A posição da China sobre a questão da Ucrânia é consistente e clara. Temos desempenhado um papel construtivo na promoção das negociações de paz", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

19º dia de invasão

Após dez dias de negociações com as forças russas, cerca de 160 veículos com civis conseguiram deixar a cidade de Mariupol nesta segunda-feira (14). Também hoje, data que marca o 19º dia de confronto na região, um jornalista da Fox News foi ferido nas proximidades de Kiev.

Pela primeira vez, deu certo a tentativa de criar um corredor humanitário em Mariupol. Um comboio de carros conseguiu deixar a cidade, localizada em região portuária e sitiada desde a primeira semana de invasão da Rússia à Ucrânia.

Nos arredores de Kiev, o jornalista Benjamin Hall, um dos correspondentes da Fox News, foi ferido durante um dos ataques. A emissora divulgou que o repórter está hospitalizado e declarou não ter muitos detalhes sobre o estado de saúde dele.

"A segurança de toda a nossa equipe de jornalistas na Ucrânia e nas regiões vizinhas é nossa principal prioridade e de extrema importância", declarou a CEO da Fox News Media, Suzanne Scott.

Ontem o jornalista americano Brent Renaud, 50, morreu em Irpin, região próxima a Kiev. O documentarista estava trabalhando para a Time Studios em um projeto sobre questões globais de refugiados. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enviou uma carta de condolências à família do repórter.

Hoje, mais uma torre de TV ucraniana foi atingida — desta vez em Antopil, na região oeste do país. Autoridades afirmam que o ataque deixou nove mortos e nove feridos.

Em Kiev, um prédio residencial foi atingido por volta das 5h. Equipes de resgate encontraram um corpo do local. A cidade terá um toque de recolher entre as 20h de hoje e 7h de amanhã, horário local (das 15h às 2h, em Brasília).