TV: Ucrânia destrói helicópteros da Rússia em aeroporto de Kherson

Militares ucranianos destruíram hoje vários helicópteros da Rússia, que estavam estacionados no Aeroporto Internacional de Kherson, no sul da Ucrânia, conforme revelam imagens de satélite do Planet Labs, empresa de satélites sediada em San Francisco (EUA), e reproduzidas pela rede de TV americana CNN.

Nas imagens é possível observar uma grande coluna de fumaça preta, com pelo menos três aeronaves em chamas. Veículos militares também foram atingidos. Não se sabe se houve feridos ou mortos.

Segundo a CNN, o ataque militar no aeroporto também foi captado pelo FIRMS (Fire Information for Resource Management System), sistema da NASA que fornece dados de incêndios ativos, quase em tempo real, no mundo inteiro. O ataque teria ocorrido por volta das 13h42 (8h42, horário de Brasília), de acordo com dados da plataforma.

Relacionadas

Zelensky fala em negociação mais 'realista' com Rússia, mas quer mais tempo

Fotógrafo de guerra, André Liohn é o novo correspondente do UOL na Ucrânia

Rússia x Ucrânia: 20º dia tem reféns em hospital e morte de 2 jornalistas

• Veja últimas informações sobre guerra na Ucrânia e notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral:

Coincidentemente, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, havia anunciado mais cedo que as Forças Armadas da Rússia assumiram o controle total da região.

A cidade de Kherson, uma capital provincial de cerca de 250 mil pessoas, foi o primeiro centro urbano chave a cair nas mãos das tropas russas depois que a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro.

As autoridades de defesa dos EUA disseram que a Rússia poderia usar Kherson como parte de uma estratégia para uma potencial investida contra Mykolaiv e depois contra Odessa, outras cidades estratégicas no sul do país.

Rússia pede ajuda à China

A Rússia pediu apoio militar à China durante a sua guerra contra a Ucrânia, segundo informação repassada por uma autoridade dos Estados Unidos à rede de TV CBS News. Na lista de pedidos estariam a assistência financeira e a possibilidade de fornecimento de drones. Russos e chineses negam a informação.

Segundo a reportagem, militares ucranianos utilizam drones do modelo Bayraktar TB2, fabricados na Turquia, controlados de forma remota e capazes de destruir até tanques de guerra. Os equipamentos estariam sendo usados de forma bastante eficaz, o que levou a Rússia a consultar à China. O governo de Vladimir Putin, diz a publicação, não teria previsto a utilização desse tipo de aeronave no conflito.

Questionados sobre o assunto, os governos de Rússia e China negaram a informação.

No último domingo, a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, informou que o número de soldados russos mortos na invasão seria de 12 mil. Em contrapartida, no dia 2 de março, a Rússia —em uma rara divulgação sobre os números de militares mortos no conflito—, disse que 498 dos seus soldados haviam morrido no conflito até aquele momento.