Blinken diz que EUA vão impor custos à China e confirma morte de jornalista
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse hoje à tarde que o país "não hesitará" em impor custos e consequências caso a China opte por apoiar a Rússia no conflito armado contra a Ucrânia. Na coletiva de imprensa, Blinken também confirmou a morte de mais um jornalista na Ucrânia.
"O presidente [Joe] Biden falará amanhã com o presidente Xi [Jinping, da China] e deixará claro que a China assumirá a responsabilidade por quaisquer ações que tomar para apoiar a agressão da Rússia e não hesitaremos em impor custos", afirmou Blinken.
O secretário falou que os Estados Unidos percebem que a China possui "a responsabilidade de usar sua influência junto" ao presidente russo, Vladimir Putin, além de "defender as regras e princípios internacionais que ela diz apoiar".
Por enquanto, os Estados Unidos julgam o posicionamento do país asiático como "um agente neutro".
Além disso, Blinken confirmou a morte de mais um jornalista, James Whitney Hill, em meio à cobertura da guerra na Ucrânia. O funcionário do governo Biden disse que "há uma pessoa faltando nas cadeiras" da coletiva de imprensa realizada hoje.
O secretário lembrou do jornalista como "uma pessoa amável" e falou que o repórter deixa três filhos pequenos.
Outros três jornalistas morreram desde o início da guerra: Brent Renaud, jornalista dos Estados Unidos que já havia trabalhado para o jornal The New York Times, a produtora Sasha Kuvshynova e o cinegrafista Pierre Kakrzewsky, que trabalhavam para o canal norte-americano Fox News.
Para Blinken, os ataques russos contra civis na Ucrânia constituem "crimes de guerra". "Depois de toda a destruição das últimas semanas, é difícil para mim concluir que os russos estão fazendo o contrário", falou e esclareceu que o processo legal para uma acusação formal ainda estava em curso.
22 dias de guerra
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chega hoje ao 22º dia com a Ucrânia dizendo que nove corredores de evacuação foram acordados hoje —na terça-feira, a ONU (Organização das Nações Unidas) havia informado que, no total, o número de refugiados atingiu a marca de 3 milhões de pessoas.
Em mais um ataque ao Ocidente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou os russos pró-Ucrânia e os classificou de "traidores nacionais". "O Ocidente tentará confiar nos traidores nacionais, naqueles que ganham dinheiro aqui conosco, mas vivem lá, de acordo com seus pensamentos, sua consciência servil".
A quarta semana da invasão russa ao território ucraniano começou com Rússia e Ucrânia trocando críticas a respeito das negociações para o fim do conflito. A divulgação de um suposto plano de paz gerou irritações em autoridades ucranianas.
Em discurso a legisladores alemães, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez referência explícita ao Holocausto ao falar sobre a invasão da Rússia ao país e pediu que a Alemanha derrube o novo "muro" que está sendo erguido na Europa contra a liberdade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.