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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Blinken diz que EUA vão impor custos à China e confirma morte de jornalista

Antony Blinken - Brendan Smialowski/Pool via REUTERS
Antony Blinken Imagem: Brendan Smialowski/Pool via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

17/03/2022 16h11

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse hoje à tarde que o país "não hesitará" em impor custos e consequências caso a China opte por apoiar a Rússia no conflito armado contra a Ucrânia. Na coletiva de imprensa, Blinken também confirmou a morte de mais um jornalista na Ucrânia.

"O presidente [Joe] Biden falará amanhã com o presidente Xi [Jinping, da China] e deixará claro que a China assumirá a responsabilidade por quaisquer ações que tomar para apoiar a agressão da Rússia e não hesitaremos em impor custos", afirmou Blinken.

O secretário falou que os Estados Unidos percebem que a China possui "a responsabilidade de usar sua influência junto" ao presidente russo, Vladimir Putin, além de "defender as regras e princípios internacionais que ela diz apoiar".

Por enquanto, os Estados Unidos julgam o posicionamento do país asiático como "um agente neutro".

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Além disso, Blinken confirmou a morte de mais um jornalista, James Whitney Hill, em meio à cobertura da guerra na Ucrânia. O funcionário do governo Biden disse que "há uma pessoa faltando nas cadeiras" da coletiva de imprensa realizada hoje.

O secretário lembrou do jornalista como "uma pessoa amável" e falou que o repórter deixa três filhos pequenos.

Outros três jornalistas morreram desde o início da guerra: Brent Renaud, jornalista dos Estados Unidos que já havia trabalhado para o jornal The New York Times, a produtora Sasha Kuvshynova e o cinegrafista Pierre Kakrzewsky, que trabalhavam para o canal norte-americano Fox News.

Para Blinken, os ataques russos contra civis na Ucrânia constituem "crimes de guerra". "Depois de toda a destruição das últimas semanas, é difícil para mim concluir que os russos estão fazendo o contrário", falou e esclareceu que o processo legal para uma acusação formal ainda estava em curso.

22 dias de guerra

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chega hoje ao 22º dia com a Ucrânia dizendo que nove corredores de evacuação foram acordados hoje —na terça-feira, a ONU (Organização das Nações Unidas) havia informado que, no total, o número de refugiados atingiu a marca de 3 milhões de pessoas.

Em mais um ataque ao Ocidente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou os russos pró-Ucrânia e os classificou de "traidores nacionais". "O Ocidente tentará confiar nos traidores nacionais, naqueles que ganham dinheiro aqui conosco, mas vivem lá, de acordo com seus pensamentos, sua consciência servil".

A quarta semana da invasão russa ao território ucraniano começou com Rússia e Ucrânia trocando críticas a respeito das negociações para o fim do conflito. A divulgação de um suposto plano de paz gerou irritações em autoridades ucranianas.

Em discurso a legisladores alemães, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez referência explícita ao Holocausto ao falar sobre a invasão da Rússia ao país e pediu que a Alemanha derrube o novo "muro" que está sendo erguido na Europa contra a liberdade.