Ucrânia pede a países ocidentais que entreguem "armas ofensivas"
O chefe de gabinete do presidente ucraniano pediu aos países ocidentais que entreguem "armas ofensivas" ao país como forma de "dissuasão" contra a Rússia, antes de uma reunião extraordinária da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) prevista para amanhã. O conflito chega hoje ao 28º dia.
"Nossas Forças Armadas e cidadãos estão resistindo com uma coragem sobre-humana, mas não podemos vencer uma guerra sem armas ofensivas, sem mísseis de médio alcance que podem ser um meio de dissuasão", disse Andriy Yermak em um vídeo publicado no Telegram.
Em resposta, o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, criticou o pedido de envio de armas para as forças ucranianas. "A militarização da Ucrânia representa uma ameaça direta à segurança europeia e global", disse, segundo relato divulgado pela embaixada, falando sobre o risco de armas caírem nas "mãos de terroristas".
"Uma defesa eficaz durante muito tempo é impossível sem um sistema de defesa aérea confiável, capaz de derrubar mísseis inimigos de longo alcance", argumentou Yermak.
Mas "não entregam, assim como não enviam aviões", lamentou.
O pedido de aviões foi sistematicamente rejeitado até o momento pelos países ocidentais, que não desejam uma intervenção militar na Ucrânia por medo a ampliar o conflito com a Rússia.
A Otan celebrará uma reunião extraordinária amanhã em Bruxelas, onde também se reunirão o G7 e a União Europeia, para examinar a situação da Ucrânia e a ajuda militar. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participará da cúpula por videoconferência.
O presidente ucraniano disse que a Otan está com "medo" da Rússia e, por isso, seu país não é aceito na aliança militar. As declarações foram dadas anteontem em entrevista à emissora pública da Ucrânia Suspilne.
Liderada pelos Estados Unidos, a Otan é uma aliança militar criada em 1949 por 12 países, incluindo Canadá, Reino Unido e França. Com a organização, seus membros assumiram o compromisso de ajudar uns aos outros no caso de um ataque armado contra qualquer Estado que fizesse parte da aliança.
A Rússia reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan. Para Vladimir Putin, presidente russo, a Otan é uma ameaça à segurança deu seu país por sua expansão na região. Por isso, ele quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar ao grupo.
* Com AFP
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