Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora

A guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao seu 48º dia com acusações de que o Kremlin teria usado armas químicas em ataques ao território ucraniano. A suspeita está em investigação e rendeu comentários da comunidade internacional críticos à Rússia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um discurso no Parlamento da Lituânia e também acusou os russos de estuprarem adolescentes e meninas ucranianas. Uma das vítimas, segundo Zelensky, também foi um bebê.

Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:

• A Ucrânia disse que está investigando a possibilidade de a Rússia ter utilizada armas químicas na cidade portuária de Mariupol. O município é um dos que está em pior situação.
• Biden referencia Putin em seu discurso, afirmando que o que tem acontecido é um "genocídio", causado por "um ditador". A fala era sobre o preço dos combustíveis.
• O Reino Unido também afirmou que está analisando relatos de ataques químicos em território ucraniano. "Qualquer uso deste armamento é uma cruel escalada neste conflito", escreveu no Twitter a ministra de Relações Exteriores, Liz Truss.
• De acordo com o serviço secreto ucraniano, o governo russo planeja orquestrar atentados no território da Rússia, para culpar Kiev e "provocar uma histeria antiucraniana".
• A Ucrânia rejeitou a visita do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, devido a conexões que este teria tido com a Rússia em anos passados.
• O ministro britânico das Forças Armadas, James Heappey, disse que "todas as opções estão na mesa" se for confirmado o uso de armas químicas. Ele não especificou quais seriam essas opções.
• O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que as negociações de paz com a Ucrânia estão em um "beco sem saída". A Ucrânia diz que as conversas estão "em andamento".
• O líder russo ainda comentou as mortes na cidade de Bucha, na região de Kiev, e afirmou que elas são "falsas". O município foi alvo do que a comunidade internacional chama de "massacre".
• Dois integrantes da organização católica Caritas foram mortos em um ataque a Mariupol. Além dos funcionários, cinco parentes deles também morreram.
• Em meio ao surgimento de acusações de estupro na Ucrânia, mulheres fizeram relatos de episódios de violência sexual durante a guerra. Esse texto tem descrições fortes.
• Próximo do presidente russo, Vladimir Putin, o empresário e deputado Viktor Medvedchuk foi capturado por Kiev, após estar foragido desde o início da invasão.
• Longe de casa, deslocados ucranianos buscam roupas infantis e cobertores. Segundo a Unicef, mais de 4,8 milhões de crianças da Ucrânia fugiram da guerra.
• A primeira-dama da Ucrânia expressou seu medo de que a guerra se torne "habitual" e pediu que o mundo "não se acostume com a dor da Ucrânia".
• Estados Unidos continuam investigando um suposto ataque químico em Mariupol, no entanto, ainda não podem confirmar a utilização de agentes químicos.
• A jornalista russa que ficou conhecida por fazer um protesto ao vivo na TV contra a guerra na Ucrânia foi contratada por um jornal alemão. No mês passado, ela exibiu um cartaz com que dizia "não à guerra".
• UE planeja enfrentar a insegurança alimentar do norte africano com 'diplomacia alimentar'. Segundo a união, o governo russo tem tentado emplacar que isso está sendo causado pela guerra.
• A Nokia informou que vai deixar o mercado russo por tempo indeterminado por causa da guerra. A empresa finlandesa tem 2 mil funcionários no país e disse que "as demissões são inevitáveis".