Rússia manterá negociações de paz com a Ucrânia, garante Lavrov
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Lavrov, disse hoje que Moscou manterá as negociações de paz com a Ucrânia. Lavrov ainda acusou Kiev de "aparentar" disposição para conversar.
"A boa vontade tem limites. E se não for recíproca, não contribui para o processo de negociação", afirmou Lavrov, citado por agências de notícias russas.
Mas continuaremos negociando com a equipe enviada pelo [presidente ucraniano Volodimir] Zelensky, e os contatos continuarão
Serghei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia
O ministro russo também afirmou que uma guerra nuclear é "inaceitável". Ele criticou o envio de armamentos para a Ucrânia por parte dos países ocidentais, como os EUA. A Rússia afirmou ser "inaceitável" que os Estados Unidos continuem a enviar armamentos para a Ucrânia.
"A Otan, ao armar a Ucrânia, entra efetivamente numa guerra por procuração contra a Rússia", disse Lavrov.
'Russos superaram crimes de nazistas em Mariupol', diz chefe militar
Chefe da administração militar da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko comparou a situação de Mariupol atualmente com a vivida há quase oito décadas, quando a cidade foi ocupada por nazistas. Hoje, a cidade portuária da região de Donetsk está sitiada pelas forças russas, que, há dois meses, invadiram a Ucrânia.
"Mais atrocidades, mais assassinatos, mais destruição. Os russos já repetiram e superaram os crimes dos nazistas em Mariupol. Eles vão repetir a fuga inglória", disse Kyrylenko. Autoridades de Mariupol estimam que mais de 10 mil pessoas foram mortas na cidade.
O chefe militar recuperou declarações de moradores de Mariupol dadas à imprensa em setembro de 1943 a respeito da ocupação nazistas. Eles diziam que a cidade havia se transformado em um "grande cemitério".
Para Kyrylenko, os habitantes não poderiam "prever na época era que a ocupação russa seria ainda mais devastadora".
Citando relatos de jornais soviéticos na ocasião, ele lembrou a fuga alemã, com registros de saques e ataques. "E, como então, tudo terminará tristemente para os invasores, e a bandeira azul e amarela da liberdade voará novamente sobre Mariupol", disse Kyrylenko.
Hoje, Mariupol está praticamente destruída, com uma resistência na área da usina de Azovstal. Nesta segunda (25), os russos exigiram a retirada de civis do local. A Ucrânia indicou que teme um ataque russo para a retirada desse grupo do local.
* Com ANSA
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