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Putin pode declarar formalmente guerra à Ucrânia, dizem autoridades dos EUA

Presidente russo, Vladimir Putin, deve declarar oficialmente guerra à Ucrânia em 9 de maio, quando é comemorado o Dia da Vitória - GETTY IMAGES
Presidente russo, Vladimir Putin, deve declarar oficialmente guerra à Ucrânia em 9 de maio, quando é comemorado o Dia da Vitória Imagem: GETTY IMAGES

Do UOL, em São Paulo

03/05/2022 10h56Atualizada em 04/05/2022 18h43

O presidente russo, Vladimir Putin, pode declarar oficialmente guerra à Ucrânia em 9 de maio, acreditam autoridades dos Estados Unidos e de outros países do Ocidente. As informações foram divulgadas pelo CNN dos EUA.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, mas Putin e autoridades russas se recusam a definir o conflito como "guerra" e utilizam o termo "operação especial".

Segundo um relatório das autoridades ocidentais, a estratégia da Rússia de declarar guerra permitiria a mobilização total de forças de reserva num momento em que os esforços de controlar regiões ucranianas continuam a falhar.

Em 9 de maio é comemorado o Dia da Vitória na Rússia, marcando a derrota dos nazistas em 1945. Não é a primeira vez que autoridades ocidentais sugerem que Putin vai aproveitar o significado simbólico e o valor de propaganda da data para anunciar uma conquista militar na Ucrânia.

Acho que ele tentará sair de sua "operação especial". Ele está rolando o campo, preparando o terreno para poder dizer "olha, agora é uma guerra contra os nazistas, e o que eu preciso é de mais pessoas"
Secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, à rádio LBC na semana passada

Durante todo o conflito, Putin e autoridades russas afirmaram estar numa suposta campanha de "desnazificação" na Ucrânia. Nesta semana, o chanceler russo, Serguei Lavrov, chegou a dizer que o fato do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ser judeu não invalida o argumento.

"Hitler também tinha sangue judeu", afirmou Lavrov. A frase foi repudiada pelos governos israelense e alemão.

O discurso se apoia na política de Putin de glorificar o passado soviético e estimular a imagem mítica de uma potência russa que continuaria em sua batalha fatal contra o nazismo, explicam especialistas.