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Reino Unido sanciona ex-mulher e suposta ex-amante de Vladimir Putin

Em 2013, após 30 anos de casamento, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e Lyudmila anunciaram o divórcio; ela o descreve como "viciado em trabalho" - Sergei Karpukhin/Reuters
Em 2013, após 30 anos de casamento, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e Lyudmila anunciaram o divórcio; ela o descreve como 'viciado em trabalho' Imagem: Sergei Karpukhin/Reuters

Do UOL, em São Paulo

13/05/2022 09h30

O Reino Unido emitiu hoje sanções contra doze parentes e pessoas próximas do presidente russo Vladimir Putin, dentre eles, a ex-mulher Lyudmila Ocheretnaya, e Alina Kabaeva, ex-ginasta e suposta ex-amante. Na lista consta ainda Anna Zatseplina, avó de Kabaeva, segundo informações da agência de notícias Reuters e do jornal britânico "The Guardian".

De acordo com as publicações, o Ministério das Relações Exteriores argumentou que, como o presidente russo possui "oficialmente apenas ativos modestos, são essas pessoas que ajudam a sustentar seu estilo de vida luxuoso". O anúncio significa o congelamento de bens e proibições de viagens, entre outras medidas.

Estamos expondo e mirando a rede obscura que sustenta o estilo de vida luxuoso de Putin e apertando o cerco ao seu círculo íntimo. Continuaremos com sanções a todos aqueles que ajudam e favorecem a agressão de Putin até que a Ucrânia prevaleça. Ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, em comunicado

O Reino Unido, em conjunto com aliados ocidentais, tem aplicado sanções a centenas de russos ricos, bem como a empresas industriais e financeiras estrategicamente importantes, em resposta à invasão russa da Ucrânia.

Entre os 12 novos nomes adicionados à lista de sanções britânicas estão ainda parentes que ocupam cargos executivos em grandes empresas russas como a Gazprom.

O governo britânico justifica as sanções dizendo que os sancionados apoiaram Putin em troca de riqueza, empregos de alto nível e influência sobre os assuntos russos.

A vida pessoal misteriosa de Putin

A vida pessoal e familiar do presidente da Rússia, Vladmir Putin, é recheada de mistérios. O que se sabe é que o líder russo foi casado com Lyudmila Shkrebneva, com quem teve duas filhas, Maria, nascida em 1985, na então Leningrado (hoje São Petersburgo, na Rússia) e Katerina, que nasceu no ano seguinte em Dresden, na então Alemanha Oriental.

No entanto, de tempos em tempos, a imprensa russa, sobretudo de oposição, especula que Putin tenha outros filhos. Já foi dito, por exemplo, que o presidente russo tem uma filha com a milionária Svetlana Krivonogikh e que também teve filhos com a ex-ginasta Alina Kabaeva. O Kremlin sempre negou esses boatos.

O fim do casamento de 30 anos

Putin e Lyudmila se casaram em 1983, mas foram à TV para anunciar o fim do relacionamento de 30 anos. "A decisão foi em conjunto, nosso casamento acabou", disse Putin, na ocasião, em entrevista ao canal Russia24, segundo a rede estatal RT.

Perguntada se era mesmo caso de divórcio, Lyudmila Ocheretnaya confirmou aos jornalistas, ao lado do presidente: "Sim, você pode dizer isso, isto é um divórcio civilizado."

"Eu não gosto de publicidade. (...) Nós amamos nossos filhos, temos orgulho deles e nos vemos com frequência", disse Lyudmila, reforçando que ela e Putin "sempre serão amigos". "Sou agradecida pelo apoio que ele me dá."

Jornal foi fechado após noticiar suposta amante

Cinco anos antes do divórcio, em 2008, o jornal "Moskovsky Korrespondent" informou que Putin planejava se separar de Lyudmila e se casar com Alina Kabaeva. Ambos negaram a reportagem na época, segundo a agência de notícias BBC. Logo depois, as autoridades fecharam o jornal.

Naquele momento, Kabaeva estava em transição em sua carreira —se aposentando do esporte e ingressando na política.

Não se sabe exatamente quando ela e Putin se conheceram, mas, de acordo com a BBC, há uma foto do casal em 2001, quando Putin concedeu a ela uma Ordem da Amizade —uma das maiores honrarias de Estado da Rússia.

*Com informações das agências Reuters e BBC News Brasil