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Fóssil de enorme 'dino voador' é achado na Argentina: 'Dragão da morte'

Fósseis de pterossauro achados na Argentina revelam que ele podia ter 9 metros -  Universidad de Cuyo/Handout via REUTERS
Fósseis de pterossauro achados na Argentina revelam que ele podia ter 9 metros Imagem: Universidad de Cuyo/Handout via REUTERS

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/05/2022 04h00Atualizada em 26/05/2022 12h40

Restos fossilizados de um enorme réptil voador foram encontrados por paleontólogos na Argentina. Com essa descoberta, os pesquisadores sugerem que essas criaturas, apelidadas de "dragões da morte" viveram em vários cantos do planeta há 86 milhões de anos.

O réptil voador — que não é de fato um dinossauro - é um pterossauro e tinha uma envergadura de mais de 9 metros, medida comparada pelos cientistas com o tamanho de um ônibus escolar. Também foram recuperados cerca de 40 ossos e outros fragmentos do corpo do animal, informou o jornal norte-americano USA Today.

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Imagem: Universidad de Cuyo/Handout via REUTERS

A descoberta foi apontada em um estudo concluído em abril e divulgada pela revista científica Cretaceous Research.

Os vestígios foram localizados nas montanhas da província de Mendoza, na região oeste do país. Estima-se que o pterossauro, também conhecido como Thanatosdrakon amaru, tenha sido um dos principais predadores dos céus e uma das primeiras criaturas com asas em seu período. Ele também é apelidado de "O Dragão da Morte" em razão da combinação de palavras gregas para morte (Thanatos) e dragão (drakon).

"Os restos de Thanatosdrakon apresentam diferentes particularidades que nos permitem diferenciá-los de outros pterossauros conhecidos", disse o líder do estudo, Leonardo Ortiz. "Fundamentalmente, essas características são encontradas nas vértebras e nos membros. Isso nos permitiu estabelecer uma nova espécie de pterossauro".

A equipe de paleontólogos responsável pela expedição também observou que as rochas do local onde o fóssil foi encontrado preservaram seus restos, que datam de 86 milhões de anos até o período Cretáceo, segundo o estudo - isto é, 20 milhões de anos antes do impacto de um asteroide acabar com 75% da vida na Terra.

Os pesquisadores também classificaram o fóssil de como o maior descoberto na América do Sul e um dos maiores do mundo.

Embora eles tenham colocado os pterossauros na mesma categoria dos pássaros, por sua capacidade de voar, eles são difíceis de classificar porque eram predadores de sangue frio. Eles não tinham rivais no céu, então se acredita que os pterossauros reinaram em todos os continentes e evoluíram para várias formas e tamanhos, impactando na evolução de outros bichos, como as aves.

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Imagem: Getty Images