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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Mais rico da Ucrânia diz que vai processar Rússia por US$ 20 bi em danos

22.mar.13 - Empresário Rinat Achmetow aguarda uma reunião com o ministro das Relações Exteriores alemão Frank-Walter Steinmeier em Donetsk, Ucrânia - Michael Gottschalk/Photothek via Getty Images
22.mar.13 - Empresário Rinat Achmetow aguarda uma reunião com o ministro das Relações Exteriores alemão Frank-Walter Steinmeier em Donetsk, Ucrânia Imagem: Michael Gottschalk/Photothek via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/05/2022 11h16Atualizada em 27/05/2022 13h08

Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia, afirmou que vai processar a Rússia por perdas de US$ 17 bilhões a US$ 20 bilhões após ataques e bombardeios contra as usinas siderúrgicas de Mariupol. O ucraniano é proprietário dos complexos de Azovstal e Illich Steel and Iron Works, além de dono do time de futebol Shakhtar Donetsk.

"Definitivamente, processaremos a Rússia e exigiremos uma compensação adequada por todas as perdas e negócios perdidos", afirmou Akhmetov a veículos de imprensa local.

Rinat Akhmetov tem um patrimônio líquido de US$ 6,93 bilhões, segundo a lista Bloomberg Billionaires Index. Sua riqueza caiu 40% este ano em meio à guerra na Ucrânia.

5.mai.2022 - Uma vista aérea de um possível bombardeio do complexo Azovstal, em Mariupol, Ucrânia, nesta imagem estática de um vídeo de divulgação adquirido pela agência Reuters - Ministério da Administração Interna da República Popular de Donetsk/Reuters - Ministério da Administração Interna da República Popular de Donetsk/Reuters
5.mai.2022 - Uma vista aérea de um possível bombardeio do complexo Azovstal, em Mariupol, Ucrânia, nesta imagem estática de um vídeo de divulgação adquirido pela agência Reuters
Imagem: Ministério da Administração Interna da República Popular de Donetsk/Reuters

Ambas as empresas de Akhmetov em Mariupol pertencem ao grupo Metinvest, a maior siderúrgica da Ucrânia, segundo o site Business Insider. Após a invasão da Rússia em 24 de fevereiro, o grupo anunciou que não seria capaz de cumprir as obrigações contratuais.

Em abril, a Metinvest disse à Reuters que planeja retomar a produção após o fim da guerra, mas "nunca operaria sob ocupação russa".

A cidade de Mariupol foi sitiada no primeiro dia de guerra e era considerada prioridade pelo comando russo tanto por uma questão estratégica, quanto de propaganda.

Já a siderúrgica de Azovstal foi considerado o último foco de resistência de Mariupol e estava sob constante ataque das forças da Rússia. Em 15 de maio, um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que uma "chuva" de munições cai em forma de cascata sobre o local.

À agência de notícias Reuters, um especialista britânico disse que as imagens indicam se tratar de um ataque com fósforo ou armas incendiárias. A bomba de fósforo branco é uma arma incendiária que, segundo uma convenção internacional, só pode ser usada contra alvos militares.

Quando utilizada, a bomba deixa um rastro branco no céu e pode "causar queimaduras graves e a corrosão dos ossos" em humanos. Seis dias depois, um acordo entre Rússia e Ucrânia permitiu a retirada dos últimos militares ucranianos do complexo de Azovstal.