Topo

Esse conteúdo é antigo

Putin lamenta chuvas em PE em carta a Bolsonaro: 'Rússia compartilha pesar'

Bolsonaro e Putin posam juntos na reunião dos Brics - Pedro Ladeira/Folhapress
Bolsonaro e Putin posam juntos na reunião dos Brics Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

30/05/2022 15h11Atualizada em 30/05/2022 18h27

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou uma mensagem particular para o chefe do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), lamentando a destruição causada pelas chuvas na Grande Recife, em Pernambuco.

"A Rússia compartilha o pesar daqueles que perderam seus parentes e entes queridos como resultado do desastre natural desenfreado e espera uma rápida recuperação de todas as vítimas", falou Putin em mensagem a Bolsonaro e repostada em um canal oficial da comunicação russa no Telegram.

No fim de semana, as chuvas no Recife aumentaram e causaram deslizamentos, deixando pessoas desabrigadas e levando a mortes.

Em número de vítimas soterradas em um mesmo local, esse já é considerado o segundo pior ponto das tragédias que devastaram a região metropolitana do Recife —ao menos 91 pessoas morreram, segundo a Defesa Civil.

Bolsonaro reforçou a aproximação com Putin na semana antes da guerra com a Ucrânia estourar. O presidente brasileiro viajou até a Rússia e, apesar das tensões entre as nações que agora se enfrentam, negou ter tratado do assunto com Putin.

No início de maio, conforme informado pelo colunista do UOL Jamil Chade, Bolsonaro sugeriu às autoridades da Turquia a criação de uma espécie de comitiva de presidentes para visitar Putin, em Moscou.

A proposta chegou a ser descrita por uma parcela de diplomatas dentro do Itamaraty como sendo "megalomaníaca", enquanto do lado dos mediadores do conflito com a Ucrânia a percepção é de que o momento não é de "show", e sim de negociações de bastidores.

Guerra Rússia e Ucrânia

Enquanto isso, a Rússia trava uma guerra que já dura 96 dias contra a Ucrânia. No fim de fevereiro, o país liderado por Putin invadiu a nação vizinha em busca de maior influência no território ucraniano, motivado pela tentativa da Ucrânia em se unir à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

As forças russas realizaram hoje uma ação ofensiva nos arredores de Sievierodonetsk, cidade na região de Lugansk, leste da Ucrânia. Ao menos dois civis morreram, segundo o serviço de emergências e o governador da região, Sergey Gaidai. "Os russos entraram nos arredores de Sievierodonetsk, mataram dois cidadãos, feriram cinco", disse Gaidai.

Ontem, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deixou a região de Kiev hoje pela primeira vez desde o início da invasão russa. Zelensky visitou a região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, um dos locais mais atacados pelas forças russas nos primeiros meses da guerra. Kharkiv é a segunda maior cidade da Ucrânia.

O presidente ucraniano também visitou militares que atuam nos combates contra as forças russas.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que mísseis de longo alcance "destruíram um grande arsenal das Forças Armadas da Ucrânia" na região de Dnipropetrovsk, no leste ucraniano, principal alvo dos russos nesta etapa da guerra. No sábado (28), em Merefa, cidade da região de Kharkiv, também no leste, uma área com painéis de energia solar foi atingido por um ataque.