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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Casa Branca diz que Rússia se prepara para anexar territórios ucranianos

O porta-voz do Pentágono, John Kirby - Nicholas Kamm/AFP
O porta-voz do Pentágono, John Kirby Imagem: Nicholas Kamm/AFP

Do UOL*, em São Paulo

19/07/2022 17h56

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de estar planejando anexar territórios ucranianos. Em comunicado hoje, a Casa Branca disse que, para isso, os russos estão instalando representantes ilegítimos em áreas que já estão sob seu controle.

"A Rússia está preparando as bases para anexar o território ucraniano que controla em violação direta da soberania da Ucrânia", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

De acordo com ele, esses procuradores tentariam realizar "referendos falsos" buscando legitimar o controle russo. Em contraponto, Washington planeja sanções àqueles que se colocarem como representantes de Kremlin, garantiu Kirby.

Ainda segundo o porta-voz, a inteligência dos EUA identificou que os russos se preparam para estabelecer o rublo como moeda padrão, além de forçar moradores dessas regiões a solicitarem a cidadania. A Rússia também está tentando assumir o controle de torres de transmissão.

Os EUA ainda informaram que vão anunciar nos próximos dias um novo pacote de armas para a Ucrânia, incluindo lançadores de foguetes móveis, bem como munições de artilharia. Esse será o 16º saque de dinheiro aprovado pelo Congresso e alocado sob autoridade presidencial, explicou Kirby.

Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro deste ano, os Estados Unidos forneceram US$ 8 bilhões em assistência de segurança aos ucranianos.

Ucrânia: lança-mísseis enviados dos EUA estão segurando os russos

O presidente da Ucrânia, VolodymyroZelensky, disse ontem que as Forças Armadas do país têm conseguido "infligir perdas logísticas significantes" contra os russos, "aumentando a dificuldade para as tropas russas manterem posições no território capturado". Isso porque, segundo ele, os lança-mísseis Himars que os Estados Unidos fornecem para a Ucrânia deram a Kiev um novo impulso no campo de batalha — especialmente no leste ucraniano, foco principal da guerra no momento

O comandante das tropas ucranianas, Valerii Zaluzhnyi, disse que os Himars são "um importante componente" do momento de relativo equilíbrio na batalha neste momento. A declaração foi feita também ontem ao chefe do Estado-Maior dos EUA, Mark Milley.

M142 Himars pode transportar até seis foguetes ou um míssil atacms, capaz de atingir alvos a 300 quilômetros de distância - Lockheed Martin/Divulgação - Lockheed Martin/Divulgação
M142 Himars pode transportar até seis foguetes ou um míssil atacms, capaz de atingir alvos a 300 quilômetros de distância
Imagem: Lockheed Martin/Divulgação

Especialistas acreditam que esses novos sistemas não são uma solução definitiva, e que a Ucrânia precisa de mais armas e sistemas de radar para derrotar os russos. Para o analista Christopher Dougherty, do centro de estudos Center for New American Security, em Washington, os Himars não decepcionam, mas "a arma em si não muda as coisas".

Maior precisão

O M142 Himars (High Mobility Artillery Rocket System) é uma plataforma móvel de lançamento de foguetes montada em blindados que pode transportar mísseis guiados por GPS de 227 mm com um alcance entre 30 a 500 quilômetros, dependendo do tipo de projétil utilizado.

Ao contrário dos sistemas de foguetes que ambos os lados usaram na guerra, os mísseis Himars podem ser direcionados a alvos precisos, tornando-os mais confiáveis. Atualmente, a Ucrânia tem 12 desses sistemas que podem lançar seis foguetes por vez e centenas de munições.

9.jan.2021 - O lançador de mísseis de médio alcance M142 Himars dispara durante exercício militar - FADEL SENNA/AFP - FADEL SENNA/AFP
9.jan.2021 - O lançador de mísseis de médio alcance M142 Himars dispara durante exercício militar
Imagem: FADEL SENNA/AFP

* Com informações de AFP e Reuters