14 patas e antenas longas: Nova espécie de crustáceo é descoberta no México
Um crustáceo considerado gigante com 14 pernas e medindo mais de 20 centímetros de comprimento, descoberto a uma profundidade de 760 metros na Península de Yucatán, no Golfo do México, é uma nova espécie de isópode. Chamado de Bathonymus yucatanensis, ele foi encontrado bem no local onde caiu o asteroide que dizimou os dinossauros.
A espécie é um novo tipo de isópode, um crustáceo cujas medidas geralmente não passam dos 10 milímetros de comprimento. As 20 espécies já encontradas do gênero Bathynomus, porém, são cerca de 30 vezes maiores. Elas são uma prova de um fenômeno da natureza chamado "gigantismo oceânico".
Acreditava-se que o espécime, capturado em 2017, seria uma variação do Bathonymus giganteus —um dos maiores encontrados na península, em 1879. Uma segunda espécie de isópode, o Bathonymus maxeyorum, foi descrita em 2016.
Mas o animal descoberto na Península de Yucatán, descobriu-se depois, não pertencia a nenhuma dessas espécies. Mantido pelo Aquário de Enoshima no Japão, o indivíduo era sutilmente diferente de seus parentes.
"Comparado ao B. giganteus, o B. yucatanensis tem proporções corporais mais esbeltas e é mais curto em comprimento total —e os pereópodes (patas) ou membros torácicos são mais esbeltos", explicou ao jornal britânico Daily Mirror o principal autor do estudo, o professor Ming-Chih Huang, da Universidade Nacional de Tainan, em Taiwan.
O crustáceo também tem antenas mais longas. As duas espécies, porém, possuem o mesmo número de espinhos na extremidade da cauda. Para ter certeza da diferença entre elas, os cientistas realizaram uma análise genética molecular comparando os crustáceos.
"Devido às diferentes sequências dos dois genes (COI e 16S rRNA), juntamente com diferenças na morfologia, identificamos o B. Yucatanensis como uma nova espécie", declarou Huang.
Os pesquisadores construíram uma árvore genealógica que mostrava o B. yucatanensis como o mais próximo do B. giganteus. "Isso indica que as duas espécies provavelmente tiveram um ancestral comum", concluiu o cientista.
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