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Elizabeth 2ª ostentava diamantes de R$ 2 bilhões em cetro e coroa reais

Rainha Elizabeth 2ª segura o cetro de ouro e o orbe durante sua coroação em 1953 - Hulton Deutsch/Corbis via Getty Images
Rainha Elizabeth 2ª segura o cetro de ouro e o orbe durante sua coroação em 1953 Imagem: Hulton Deutsch/Corbis via Getty Images

Colaboração para o Uol, de São Paulo

09/09/2022 12h27Atualizada em 09/09/2022 13h25

O misticismo em torno da família real britânica gera muitas histórias controversas, e uma delas voltou a tona depois da morte da rainha Elisabeth 2ª. Um perfil no Twitter dedicado a registros históricos e culturais da África lembrou o fato de a monarca possuir em uma coroa e em um centro alguns dos maiores diamantes lapidados do mundo — incluindo o líder desse ranking.

Mas as joias são envoltas em polêmica, já que os britânicos, com seu domínio colonialista, são acusados de terem roubado o diamante da África no século 20 — o que não tem uma comprovação oficial.

O diamante era conhecido como "A Grande Estrela da África", mas teve seu nome alterado em homenagem ao presidente da mina em que foi extraído, Thomas Cullinan.

"A rainha Elizabeth II possuía o maior diamante lapidado do mundo, conhecido como 'A Grande Estrela da África'", diz o tuíte.

"A gema de 530 quilates foi extraída na África do Sul em 1905. Foi roubada da África do Sul. Seu valor estimado é de US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões)", acusa o perfil.

O diamante Cullinan

Em 26 de janeiro de 1905, um diamante de 3.106 quilates foi descoberto na Premier Mine, na província de Transvaal, na África do Sul. Foi dado a ele o nome de Cullinan em homenagem ao presidente da mina, Thomas Cullinan, que nasceu na África do Sul, de acordo com a biografia do magnata dos diamantes, escrita pelo autor Nigel Helme.

A partir daí, segundo o site brittanica.com o diamante original foi comprado pelo governo africano da época e, em 1907, vendido ao rei britânico da época, rei Eduardo 7. A compra da pedra inteira teria sido feita por 150 mil libras.

O diamante, bruto até aquele momento, foi cortado e polido em 1908, em uma empresa especializada em Amsterdã. A pedra foi dividida em nove pedaços grandes e cerca de 100 menores. Todos eles fazem parte das joias reais britânicas, até hoje.

Elizabeth entra na história tendo ficado com o maior desses nove pedaços. "A Grande Estrela Africana" abrilhanta o Cetro Real da Soberania Britânica. Já o segundo maior pedaço cortado do diamante original, também conhecido como "A Pequena Estrela da África" ou "Cullinan 2", está encravado na Coroa Imperial.

A viagem da joia até o Reino Unido

A história sobre como um diamante de mais de 3 mil quilates chegou ao Reino Unido é nebulosa, pois existem poucos registros. Segundo o jornal Associated Press, há uma lenda de que ela simplesmente foi enviada pelo correio.

"Sei que o Royal Mail era muito confiável naquela época", disse Shirley Bury, que ajudou a catalogar as joias, "mas tenho minhas dúvidas sobre isso".

Uma história mais bem aceita é a de que ela foi levada de navio. Preocupado com o fato de que o diamante pudesse ser roubado no caminho da África até Londres, Eduardo 7 preparou uma cena para o envio de um diamante falso, a bordo de um navio a vapor, protegido por dezenas de guardas. Enquanto o chamariz fazia lentamente seu trajeto para a Inglaterra, o "Cullinan" verdadeiro também estava nesse navio, mas escondido em uma caixa comum.

E a acusação de roubo?

Os registros que se tem hoje apontam que os diamantes colocados nas principais joias da monarquia britânica foram de fato encontrados na África do Sul, mas apontam que eles foram comprados pela realeza, e não saqueados.

Rainha Elizabeth 2ª