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Vidas não devem ser sacrificadas por política, diz presidente do Peru

Dina Boluarte é a primeira presidente mulher do Peru - Lillian Suwanrumpha/Pool via REUTERS
Dina Boluarte é a primeira presidente mulher do Peru Imagem: Lillian Suwanrumpha/Pool via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

11/12/2022 22h51Atualizada em 11/12/2022 22h51

A presidente do Peru, Dina Boluarte, lamentou as mortes de peruanos em protestos contra o novo governo. Ela fez um apelo por "diálogo" e o "fim da violência".

"A vida de nenhum peruano merece ser sacrificada por interesses políticos. Expresso minhas condolências pela morte de um cidadão em Andahuaylas. Reitero meu apelo ao diálogo e ao fim da violência", escreveu no Twitter.

Neste domingo (11), um confronto entre policiais e manifestantes deixou ao menos dois mortos e cinco feridos. Segundo a polícia local, o protesto acontecia na cidade de Andahuaylas, na região de Apurímac (a mais de 750 quilômetros da capital, Lima).

Boluarte é a primeira mulher presidente o país, e a 6ª pessoa a ocupar o cargo desde março de 2018. O mandato terminará em julho de 2026.

Mais protestos. Ontem, na mesma cidade, ao menos 20 pessoas ficaram feridas e cinco manifestantes foram presos, e a onda de indignação aumentou no país. Os manifestantes usaram pedras para atacar a sede da Promotoria de Andahuaylas, e houve confronto com a polícia.

Em Lima, ao menos cinco pessoas foram presas após confrontos de apoiadores de Castillo com a polícia. De acordo com a Defensoria do Povo, os cinco acusados de distúrbios continuavam detidos neste domingo (11) à espera de uma decisão judicial.

A presidente, que assumiu o cargo após uma tentativa de golpe de Pedro Castillo, descartou a possibilidade de adiantar as eleições no país. Em pronunciamento na quinta-feira (8), Dina afirmou que o pedido de novas eleições é democrático, mas que seu papel é "reorientar o país".

No sábado (10), a nova chefe do governo peruano anunciou seu gabinete, formado por 19 ministros. Os perfis escolhidos apontam para um grupo mais técnico que político, tentando acalmar os ânimos de um país em cólera.

"As circunstâncias nas quais assumi essa responsabilidade não foram boas e é por isso que estou despachando e atendendo, para fazer frente às necessidades do pais", acrescentou a presidente. "Mais à frente, estaremos vendo alternativas para melhorar o destino do país."

(Com AFP e RFI)