Executivo indiano é banido de voos após urinar em idosa de 70 anos em avião
O executivo indiano Shankar Mishra, suspeito de urinar em uma passageira de 70 anos durante um voo da Air Índia que saiu de Nova York com destino a Déli, entrou para a lista de exclusão aérea da Índia.
O caso aconteceu em novembro de 2022, mas veio à tona nesta semana após a companhia abrir um processo e recomendar a inserção do nome do passageiro na lista de banidos, o que foi acatado pelas autoridades locais.
Falta de punição imediata é apurada por autoridades. No dia do fato, o Mishra desembarcou sem qualquer sanção por parte da empresa. A demora da Air Índia em adotar providências levou a DGCA (Direção Geral de Aviação Civil) a solicitar um relatório.
"Buscamos um relatório da companhia aérea e tomaremos medidas contra os que forem considerados negligentes", disse um funcionário da DGCA ao jornal indiano Hindustan Times.
"Meu voo mais traumático". Depois que o voo pousou em Déli, o passageiro desembarcou sem enfrentar nenhuma ação pelo seu comportamento dentro do avião.
Decepcionada com a forma como a companhia aérea lidou com o incidente, a idosa escreveu ao presidente do grupo da Air Índia, Natarajan Chandrasekaran, descrevendo o que ela chamou de "o voo mais traumático que já experimentei", conforme mostrou o NDTV Índia.
"Foi o voo mais traumático que já experimentei. Logo após o almoço ser servido e as luzes serem apagadas, eu me preparava para dormir e outro passageiro completamente embriagado caminhou até o meu assento. Ele abriu o zíper das calças, se aliviou e continuou a me expor suas partes íntimas", descreveu a passageira na carta.
A Comissão Nacional para as Mulheres tomou conhecimento do assunto e escreveu à companhia aérea e ao chefe de polícia. Em uma carta a Chandrasekharan, a comissão comentou estar angustiada com o incidente e pede medidas contra o acusado pelo "comportamento horrendo/horrível".
Passageiro responderá por quatro crimes da legislação indiana. Após a solicitação do DGCA e a carta escrita pela vítima, o acusado foi colocado na lista de exclusão aérea da Índia e autuado em quatro artigos do Código Penal Indiano:
- 354 (agressão ou força criminal com a intenção de ofender a modéstia de uma mulher);
- 294 (ato obsceno em local público);
- 509 (palavra, gesto ou ato com a intenção de insultar a modéstia de uma mulher); e
- 510 (conduta imprópria em público por pessoa embriagada).
Air Índia afirmou que adotou uma "visão muito séria do incidente". Em comunicado, a companhia aérea disse que o passageiro se comportou "de maneira inaceitável e indigna" que causou extremo sofrimento a outro passageiro.
"Uma queixa policial já foi apresentada e a Air India está empenhada em ajudar as agências de aplicação da lei, bem como as autoridades reguladoras", declarou a companhia.
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