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Novo terremoto de magnitude 5,5 atinge a região central da Turquia

Busca por vítimas em Diyarbakir, na Turquia, após terremoto registrado no último domingo (5) - REUTERS/Sertac Kayar
Busca por vítimas em Diyarbakir, na Turquia, após terremoto registrado no último domingo (5) Imagem: REUTERS/Sertac Kayar

Do UOL*, em São Paulo

07/02/2023 08h50Atualizada em 07/02/2023 09h29

Um novo terremoto atingiu hoje a região central da Turquia. O tremor foi registrado às 6h13, no horário local (0h13, no horário de Brasília).

O hipocentro do terremoto, o ponto interior da crosta terrestre onde se origina um tremor, foi a dois quilômetros de profundidade. Por enquanto não há relatos de vítimas.

Esse novo registro ocorre enquanto a Turquia e a Síria ainda buscam por sobreviventes e se recuperam de outro terremoto que atingiu os dois países no último domingo (5).

O governo da Turquia contabiliza até agora 3.549 mortos em decorrência do tremor. Outras 20.426 pessoas ficaram feridas.

Já na Síria são pelo menos 1.602 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde, com 3.500 feridos. Com isso, o número total de corpos encontrados até o momento é de 5.151.

Terremoto deixa milhares de feridos na Turquia e Síria

Consequências do tremor

Um castelo de ao menos 2 mil anos foi destruído com os tremores de terra.

O gás foi cortado em toda a área e, em pelo menos três províncias da Turquia, houve danos na rede com registros de explosões.

Pelo menos três aeroportos turcos foram fechados: Hatay, Maras e Gaziantep. A pista do terminal de Hatay ficou destruída. Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.

Todas as escolas da Turquia foram fechadas até 13 de fevereiro, para que todas as províncias possam administrar a situação e familiares possam acessar as áreas atingidas, se necessário, contando com as unidades escolares para ter acomodação e alimentação.

Moradores das províncias de Dohuk e Mosul, no Iraque, afirmaram ter sentido "um leve tremor" na região, segundo a Al Jazeera.

Os tremores de terra foram sentidos até na Groelândia, a mais de 5,5 mil quilômetros de distância da Turquia, segundo informou à AFP o Instituto Geológico dinamarquês.

O que dizem as autoridades

O terremoto foi considerado pelo presidente turco como o mais letal desde 1939, quando cerca de 33 mil pessoas morreram. Em 1999, outro tremor de terra matou ao menos 17 mil pessoas.

Os socorristas definiram a situação como "catastrófica" em postagem no Twitter e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

O presidente Lula manifestou sua solidariedade aos países atingidos pelo tremor:

O Ministério das Relações Exteriores disse que não há informações de brasileiros entre os mortos ou feridos.

Alemanha, França, Itália, Ucrânia e União Europeia se manifestaram em tom apoio à Turquia e à Síria após os terremotos.

Emmanuel Macron, presidente da França afirmou que o país "está pronto para fornecer ajuda de emergência às populações no local".

Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, expressou sua "solidariedade às pessoas afetadas", e destacou que "a Proteção Civil italiana já tem disponibilidade para contribuir com os primeiros socorros".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou em "consternação" diante da tragédia, sobretudo com "o crescente número de mortos".

* Com agências internacionais