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Míssil mais mortífero do mundo: como são caças que derrubaram óvni

Três objetos voadores não-identificados foram abatidos por caça F-22 (foto) da Força Aérea dos Estados Unidos - Wikimedia Commons
Três objetos voadores não-identificados foram abatidos por caça F-22 (foto) da Força Aérea dos Estados Unidos Imagem: Wikimedia Commons

Do UOL, em São Paulo

14/02/2023 14h35Atualizada em 15/02/2023 13h02

Os Estados Unidos utilizaram caças com superpotências para abater os quatro óvnis que surgiram no espaço aéreo do país nas duas últimas semanas. Os primeiros objetos abatidos foram pelo caça de última geração F-22 Raptor, enquanto o mais recente, no lago Huron, foi o clássico F-16, já utilizado pelo país em outros combates.

F-22: última geração

A primeira aeronave utilizada foi a F-22 Raptor, um caça de última geração. Ela foi responsável por derrubar o balão chinês no dia 4 de fevereiro, que as autoridades norte-americanas alegaram estar com equipamentos de espionagem; um objeto não identificado no Alasca no dia 10 de fevereiro e, por último, outro objeto na costa oeste do Canadá, no dia 11 de fevereiro.

O primeiro voo foi em 1997, mas é utilizado pelo Exército dos EUA desde 2005. Segundo a fabricante, a Lockheed Martin, foram seis anos para desenvolver a aeronave, que hoje é amplamente utilizada pelos Estados Unidos.

Ele consegue gerar ataques letais ainda no ar. Entre os dispositivos está um sofisticado conjunto de sensores que permite o piloto rastrear, identificar e atirar em ameaças. A aeronave carrega seis mísseis Slammers, considerado o mais mortífero do mundo, e dois Sidewinders, orientados por radiação infravermelha de curto alcance.

No solo, pode gerar grandes explosões. Além dos Slammers, a aeronave ainda carrega duas bombas e dois mísseis.

A aeronave pode passar despercebida pelos inimigos. Outra característica do caça é conseguir passar de forma minúscula nos sistemas de detecção aéreos. Ainda pode voar em velocidades supersônicas por longos períodos.

O F-22 está voando. Todo o resto agora é um alvo. Vinny Devino, que liderou o esforço para refinar o design do caça.

O caça é exclusivo dos Estados Unidos. Apesar da tentativa de ser comprado por outros países, como Japão e Israel, o F-22 não pode ser exportado. Em 1998, o Congresso até votou por uma emenda que proíbe explicitamente a venda da aeronave para nações estrangeiras, segundo o site sobre aviação militar Sandboxx.

Características

  • Desenvolvedores: Lockheed-Martin e Boeing
  • Tamanho: 18,9 metros de comprimento e 5,1 metros de altura
  • Peso: 19.700 kg
  • Peso máximo de decolagem: 38.000 kg
  • Tripulação: uma pessoa
  • Custo unitário: US$ 143 milhões (R$ 739 milhões)

F-16: do Iraque para os óvnis

F-16: - Divulgação - Divulgação
Caça F-16, responsável por abater óvni no lago Huron
Imagem: Divulgação

O mais recente abatimento de óvni foi executado pelo caça F-16, no lago Huron. Ele foi apelidado como Fighting Falcon, mas ainda é reconhecido por muitos pilotos como Viper. É de uma geração anterior ao F-22.

É capaz de voar duas vezes a velocidade do som. A aeronave foi projetada para atingir aproximadamente 2.500 km/h e pode localizar alvos em todas as condições meteorológicas — com maior precisão para aqueles que sejam em baixa latitude.

Possui um canhão com capacidade para 500 cartuchos. Além disso, também pode transportar até seis mísseis projetados para ataques exclusivamente aéreos.

Ele é operado em 25 países. Entre eles estão Bélgica, Dinamarca, Noruega, Israel e Portugal.

Já foi utilizado em diferentes operações norte-americanas, como a do Iraque e do Afeganistão. Segundo a Força Área dos Estados Unidos, ele é "um componente importante das forças de combate" desde o 11 de setembro de 2001.

Características

  • Fabricante: Lockheed Martin
  • Tamanho: 14,8 metros de comprimento e 4,8 metros de altura
  • Peso: 8.936 kg
  • Tripulação: dependendo do modelo, pode comportar até duas pessoas
  • Custo unitário: entre US$ 14,6 milhões a US$ 18,8 milhões
Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informava o texto, o correto é 11 de setembro de 2001, e não de 2002. O texto foi corrigido.