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Formação gigante de algas com 9 mil km se dirige à Flórida e ao Caribe

As formações de algas surgiram mais cedo este ano, segundo os pesquisadores - Reprodução/Redes Sociais
As formações de algas surgiram mais cedo este ano, segundo os pesquisadores Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL

17/03/2023 18h53

Uma massa gigantesca de algas marinhas, com 8,8 mil quilômetros de extensão, se formou no Oceano Atlântico e está se dirigindo para as costas da Flórida e outras costas ao longo do Golfo do México

O que se sabe

  • Uma variedade de algas marinhas, chamada sargaço, forma há muito tempo grandes florescimentos no Atlântico e os cientistas têm rastreado acúmulos massivos desde 2011.
  • A formação é tão grande que só pode ser avistada completamente do espaço, pelos satélites de monitoramento.
  • A menor formação tem o tamanho de um campo de futebol, e a maior pode atingir até 2,5 quilômetros de extensão.
  • A massa está atualmente avançando para o oeste e passará pelo Caribe e pelo Golfo do México durante o verão.
  • A expectativa é de que as algas se tornem predominantes nas praias da Flórida por volta de julho.
  • Porém, o cinturão já está começando a aparecer em Florida Keys e Barbados e em outras partes da região.
  • Especialistas dizem que a formação de algas pode prejudicar o meio ambiente e o turismo locais, por sua toxicidade.
  • Após 48 horas fora do mar, elas começam a emitir toxinas, como o sulfeto de hidrogênio, que exala cheiro de ovo podre.
  • A substância pode causar dores de cabeça, irritação nos olhos e dor de estômago se estiver em abundância no ambiente, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).

"A floração do sargaço deste ano começou a se formar mais cedo e dobrou de tamanho entre dezembro e janeiro", disse à CNN Internacional Brian Lapointe, pesquisador da Florida Atlantic University.

O sargaço é uma espécie de alga flutuante, parte do ecossistema marinho e importante fonte de alimento para peixes, tartarugas, mamíferos marinhos e até pássaros. Ele serve como habitat crítico para tartarugas marinhas ameaçadas e como área de berçário para uma variedade de peixes.

Segundo apurou o jornal USA Today, um estudo do fitoplâncton costeiro, realizado por pesquisadores da Southern University of Science and Technology na China e em outros lugares, usou imagens do satélite Aqua da NASA.

O que os pesquisadores descobriram:

  • As formações afetaram mais de 8% da área oceânica global em 2020, um aumento de 13,2% em relação a 2003.
  • A frequência de floração aumentou globalmente a uma taxa de quase 60%.
  • Europa e a América do Norte tiveram as maiores áreas de floração.
  • África e a América do Sul viram as florações mais frequentes, mais de 6,3 por ano.
  • A Austrália teve a menor frequência e a menor área afetada.