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Míssil mutante: como é nova arma dos EUA que pode se transformar no ar

A ponta articulada é o diferencial do novo míssil - Reprodução / YouTube / Pedirtech
A ponta articulada é o diferencial do novo míssil Imagem: Reprodução / YouTube / Pedirtech

Colaboração para o UOL

20/03/2023 04h00Atualizada em 20/03/2023 11h29

Os Estados Unidos estão desenvolvendo mísseis que podem mudar de forma enquanto já estão no ar. A inovação faz parte de um projeto chamado Mutant (Missile Utility Transformation via Articulated Nose Technology na sigla em inglês, Transformação de mísseis por meio da tecnologia de nariz articulado na tradução livre).

A novidade foi anunciada pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea (AFRL), o principal centro de pesquisa e desenvolvimento científico do órgão norte-americano.

O AFRL visa aumentar significativamente o alcance e a letalidade dos mísseis contra alvos altamente manobráveis com um melhor sistema de atuação do controle de voo. A abordagem do programa Mutant é uma forma de transformação ativa envolvendo giro de alta taxa da cabeça do míssil, referido como articulação.
Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos

O projeto é inspirado em um estudo iniciado na década de 1950. Atualmente, a nova arma foi adaptada em um míssil Hellfire modificado e ainda não foi disparada pela Força Aérea.

Mais sobre o míssil "mutante":

  • Tecnologia empregada na nova arma é chamada de sistema de atuação do controle de articulação (ACAS na sigla em inglês).
  • O ACAS é uma tecnologia adequada para mísseis lançados do ar e da superfície.
  • Sistema de atuação é controlado eletronicamente por motores eletromagnéticos compactos, rolamentos, engrenagens e outras estruturas.
  • Laboratório disse saber como projetar, fabricar, integrar e empregar a nova tecnologia.
  • O design do foguete permite que sua ponta articulada gire e mude de direção no ar.
  • Novidade promete aumentar a eficácia de mísseis, que terão mais alcance, capacidade de manobra e agilidade.
  • Apesar de o projeto ainda estar na fase inicial de design e testes, a AFRL garantiu que já tem três testes programados até o final de 2024.

O anúncio acontece em meio a guerra na Ucrânia. Diversos objetos voadores, como drones usados para explorar posições inimigas ou lançar explosivos do céu, ganharam destaque durante o conflito.

A tecnologia ACAS é direcionada para atender aos requisitos futuros por meio da interceptação de alvos altamente manobráveis ou ameaças de longo alcance.
Laboratório
de Pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos