Brasil paga R$ 526 milhões em dívidas com organizações internacionais
O governo federal anunciou hoje que quitou R$ 526 milhões da dívida brasileira com organizações internacionais.
As entidades pagas são:
Agência Internacional de Energia Atômica;
Associação Latino-Americana de Integração;
Secretaria e ao Parlamento do Mercosul;
Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul;
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
Organização Internacional para as Migrações;
Organização Mundial da Saúde;
Organização Internacional do Trabalho;
Organização Mundial do Comércio;
Organização para a Proibição de Armas Químicas;
Tribunal Penal Internacional.
Em nota, o governo federal disse que se empenhará para a "execução financeira integral dos valores previstos na Lei Orçamentária Anual 2023" e no restante da dívida relativa ao "exercício anterior", em referência à gestão de Jair Bolsonaro (PL). Hoje, o terceiro mandato do governo Lula completou 100 dias.
Entenda a dívida
Conforme mostrou a reportagem de Jamil Chade, colunista do UOL, a dívida foi acumulada após a administração de Bolsonaro optar por não fazer os depósitos de suas contribuições obrigatórias com as entidades durante três anos.
Em locais como na comissão de Alimentação e Agricultura da ONU, a falta de pagamento suspenderia o Brasil de seu direito de voto a partir de 2023. Em diversos outros organismos, o mesmo destino seria dado para a participação do país.
Em alguns dos organismos internacionais, como no Tribunal Penal Internacional, o Brasil é o maior devedor. Mas ocupando num assento rotativo no Conselho de Segurança da ONU até o final de 2023, a dívida era considerada como um passivo diplomático importante.
Como o UOL revelou com exclusividade no início de dezembro, a dívida chegava a R$ 5,5 bilhões, a maior já deixada por uma administração federal brasileira. Para diplomatas do Itamaraty que tinham de lidar com a situação, o clima era de constrangimento.
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