Festival LGBT+ é cancelado após ataques e acusa grupo ligado a russos; veja
Um festival do Orgulho LGBT+ foi cancelado hoje após o protesto violento de um grupo de extrema direita. O evento estava previsto para acontecer em Tbilisi, capital da Geórgia, país europeu que faz fronteira com a Rússia.
O que aconteceu
O grupo anti-LGBT era formado por cerca de duas mil pessoas. Eles entraram em confronto com a polícia e destruíram bandeiras de arco-íris (símbolo da comunidade) e cartazes. Não houve registro de feridos.
A organização do festival Tbilisi Pride informou que os ataques foram feitos por um grupo de extrema direita ligado a russos. Nas redes sociais, o festival informou que foi obrigado a interromper o evento — estavam previstos shows até a manhã de domingo.
Dias antes do evento, grupos de extrema direita fizeram publicações com cunho violento contra a comunidade LGBT+. A diretora do festival, Mariam Kvaratskhelia, disse à Reuters que, pelo segundo ano consecutivo, o evento foi feito de maneira privada para reduzir protestos violentos como o de hoje.
O preconceito contra a comunidade LGBT é forte na Geórgia. Outros eventos com a mesma temática enfrentaram atos violentos.
O Ministério do Interior declarou ter tomado todas as medidas para garantir a segurança do evento. O governo disse ainda que o grupo anti-LGBT conseguiu encontrar maneiras de entrar na área do festival.
O que disse a organização do festival
Os membros do [grupo ligado à Rússia] nos cercaram, e a polícia, em vez de os dispersar, nos obrigou a sair da área com um transporte que tinha sido preparado anteriormente."
Organização do Festival Pride Tbisili
Definitivamente acho que isso (a interrupção) foi uma ação pré-planejada e coordenada entre o governo e os grupos radicais. Achamos que esta operação foi planejada para sabotar a candidatura da Geórgia à União Europeia."
Mariam Kvaratskhelia, diretora do festival pride Tbisili
*Com informações da Reuters
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