Conteúdo publicado há 11 meses

Trump vira réu por tentar reverter eleições e por invasão ao Capitólio

O ex-presidente dos EUA Donald Trump foi indiciado hoje em uma investigação sobre as tentativas de alterar as eleições de 2020, que levaram à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

O que aconteceu:

Trump buscou meios ilegais para desconsiderar votos legítimos e subverter os resultados da eleição logo após o dia da eleição, segundo o indiciamento judicial. Leia aqui a íntegra do documento (em inglês).

Três acusações são de conspiração e uma acusação é de obstrução. Ele responde por conspiração para fraudar os Estados Unidos e também para obstruir um procedimento oficial — a sessão conjunta do Congresso de 6 de janeiro de 2021, realizada para certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

"O objetivo da conspiração era reverter os resultados legítimos das eleições presidenciais de 2020, usando alegações sabidamente falsas de fraude eleitoral", diz a denúncia de 45 páginas apresentada pelo procurador especial Jack Smith. Ele investiga se Trump tentou reverter sua derrota para Biden.

O documento diz que "apesar de ter perdido as eleições, Trump estava determinado a permanecer no poder". Em seguida, é dito que Trump foi responsável por espalhar mentiras sobre a eleição, afirmando que houve fraude e que, na verdade, ele foi o vencedor.

A Casa Branca decidiu não comentar as acusações contra Trump. "Gostaríamos de encaminhar [as manifestações] ao Departamento de Justiça, que conduz suas investigações criminais de forma independente", disse o porta-voz da Casa Branca, Ian Sams.

Minutos antes de a acusação ser proferida, Trump postou em sua plataforma de mídia Truth Social que ouviu falar que esperava uma acusação. "Ouvi dizer que o maluco do Jack Smith, a fim de interferir nas eleições presidenciais de 2024, lançará mais uma acusação falsa de seu presidente favorito", escreveu ele.

Esta é a terceira vez em quatro meses que Trump é indiciado. Desta vez decorrente de esforços para reverter sua derrota nas eleições de 2020 nos Estados Unidos — enquanto faz campanha para reconquistar a presidência em 2024.

(Com Reuters e AFP)

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