Prigozhin foi dado como morto em queda de avião em 2019, mas ressurgiu vivo
O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, que estava a bordo de um avião que caiu hoje na Rússia e que teve a morte confirmada em um canal do Telegram afiliado aos mercenários, já foi dado como morto em 2019 também em um acidente aéreo, mas reapareceu vivo tempos depois.
O que aconteceu:
Prigozhin teve a morte anunciada pela primeira vez em 11 de outubro de 2019, após a queda de um avião na República Democrática do Congo.
Na época, a aeronave que levava dois russos caiu pouco tempo depois de decolar do Aeroporto Internacional de Goma, e o chefe do grupo Wagner foi apontado como uma das pessoas a bordo.
Após os rumores, o mercenário ressurgiu com vida e continuou suas atividades à frente do grupo paramilitar. A suposta morte de Prigozhin em 2019 faz parte de um relatório da Comissão de Relações Exteriores do Congresso dos Estados Unidos. O documento foi produzido em julho de 2020.
Prigozhin morreu
Yevgeny Prigozhin morreu nesta quarta-feira (23). Ele estava dentro de um avião que caiu na região de Tver, na Rússia. Aliados do mercenário acusam o presidente russo, Vladimir Putin, pela morte do líder do grupo Wagner.
A morte do líder mercenário ocorreu dois meses depois de ele comandar um motim de seu grupo contra Moscou.
No total, a aeronave tinha três pilotos e sete passageiros, entre os quais o líder mercenário e o comandante militar do Wagner, Dmitri Utkin — não houve sobreviventes, segundo o Ministério de Emergências da Rússia.
Avião estava no ar havia menos de meia hora quando caiu. O voo saiu de Sheremetyevo com destino a São Petersburgo.
Grupo Wagner desafiou governo Putin em junho
Em junho deste ano, grupo de mercenários ameaçou derrubar o comando militar russo. Eles tomaram o controle de instalações militares e disseram que "iriam até o fim" contra o governo de Putin.
Tensão vinha crescendo há meses. Os mercenários do grupo lutam pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, e Prigozhin já havia reclamado que não havia equipamento suficiente, e que Putin tomava para si vitórias obtidas pelos combatentes do Wagner.
Estopim foi acusação de que comando militar russo teria ordenado bombardeios de bases do Wagner, matando vários dos mercenários.
Putin chamou motim de "ameaça mortal para o país", e disse que traição resultaria em "punição inevitável".
Belarus mediou acordo entre grupo mercenário e governo russo. Algumas horas depois do início da movimentação, o governo bielorrusso disse que as duas partes chegaram a um consenso, que garantia a segurança de todos os membros do grupo. Os mercenários, então, desocuparam as instalações.
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