Trump reconhecia derrota em 2020 a aliados próximos, diz ex-assessora
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump reconheceu a derrota nas eleições de 2020 a aliados próximos, segundo a ex-assessora da Casa Branca Cassidy Hutchinson.
O que aconteceu
"Não quero que as pessoas saibam que perdemos, Mark. Isso é vergonhoso. Dê um jeito", teria dito Trump a Mark Meadows, seu então chefe de gabinete. A revelação está em um livro lançado pela ex-assessora da Casa Branca, chamado "Enough".
Hutchinson diz também que presenciou ilegalidades na Casa Branca nas últimas semanas do republicano no governo. Segundo a ex-assessora, documentos eram queimados regularmente na lareira de seu gabinete, com o escritório ficando com muita fumaça em algumas ocasiões.
No dia 18 de dezembro de 2020, quando Trump considerou propostas no Salão Oval para apreender máquinas de votação, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Tony Ornato, disse a Hutchinson que "ouviu o presidente falar sobre a Lei da Insurreição ou lei marcial", ainda de acordo com a ex-assessora.
Em determinado momento, Hutchinson relata ainda que, durante uma reunião, ela ouviu Trump gritando: "Não me importa como você faz isso, apenas faça, porra!" Ela diz, porém, que não sabe ao que a palavra "isso" se refere.
Capitólio foi invadido em ato pró-Trump
O Capitólio dos EUA, como é conhecido o Congresso americano, foi invadido por manifestantes apoiadores de Donald Trump durante a sessão que certificaria Joe Biden como presidente, em 6 de janeiro de 2021.
Nos EUA, a certificação é apenas um evento burocrático no qual Congresso se reúne em uma sessão para ler os votos do Colégio Eleitoral e aceitar objeções.
Minutos antes da invasão, dois prédios do Capitólio foram evacuados por uma suposta ameaça de bomba.
O então vice-presidente Mike Pence, que participava da sessão para certificar Joe Biden, foi retirado do prédio.
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