Hamas ameaça matar reféns se Israel continuar contraofensiva em Gaza
O grupo extremista Hamas ameaçou matar pessoas que são mantidas reféns da Faixa de Gaza se Israel continuar sua contraofensiva. A informação é da Reuters.
O que aconteceu
A cada novo bombardeio, o braço armado do Hamas disse que vai executar um civil. "Qualquer ataque a civis inocentes sem aviso prévio será enfrentado com pesar pela execução de um dos cativos sob nossa custódia, e seremos forçados a transmitir esta execução", disse Abu Obeida, porta-voz do grupo extremista.
Em comunicado, Obeida disse que o Hamas age conforme as instruções islâmicas ao manter os reféns israelenses sãos e salvos. Mas ele afirmou que a ameaça é culpa da intensificação de bombardeios israelenses e o assassinato de civis dentro de suas moradias por ataques aéreos sem aviso prévio.
Segundo Israel, mais de 100 israelenses são mantidos reféns em Gaza. O número é o mesmo informado pelo Hamas.
Mais cedo, o grupo extremista afirmou que descartou negociar a troca de prisioneiros com Israel. "A operação militar continua [...] Portanto, atualmente não há possibilidade de negociação sobre a questão dos prisioneiros ou qualquer outra coisa", disse Hossam Badran, membro da cúpula política do Hamas.
"A nossa missão agora é fazer todo o possível para evitar que a ocupação continue cometendo massacres contra o nosso povo em Gaza, atingindo diretamente as casas de civis", acrescentou.
O Exército de Israel ordenou nesta segunda-feira o "cerco total" à Faixa de Gaza. O bloqueio cortou o envio de energia, combustíveis e alimentos ao território.
Mortos nas zonas de conflito são ao menos 1,4 mil
Os últimos balanços divulgados dizem que mais de 1,4 mil pessoas morreram. Em Israel, os mortos são cerca 800 e há 2.600 feridos, segundo o governo israelense.
Na Faixa de Gaza, autoridades locais falam em ao menos 687 pessoas mortas. Segundo os porta-vozes dos dois lados, esses números ainda devem subir.
Irã nega envolvimento com ataques do Hamas. A missão do Irã na ONU afirmou em comunicado que não está envolvida "na resposta da Palestina" a Israel, após uma reportagem do Wall Street Journal dizer que autoridades de segurança iranianas ajudaram a planejar a ofensiva. O porta-voz Nasser Kanani diz que as acusações contra o Irã tem motivação política.
Conflito começou com ofensiva surpresa
O Hamas lançou uma ofensiva surpresa contra Israel no início da manhã de sábado, que incluiu o lançamento de foguetes e a infiltração de terroristas armados em território israelense. Segundo o grupo, 5.000 foguetes foram disparados. Israel alegou que foram 2.000 disparos.
Após o ataque, Netanyahu convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança e lançou uma operação contra o Hamas em Gaza. Ele disse que estava em guerra com grupo islâmico.
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