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Pai descobre que filha desparecida foi morta pelo Hamas, e não sequestrada

O pai de uma menina de oito anos que estava desaparecida depois de um ataque do Hamas a um kibutz em Be'eri, em Israel, descobriu que ela está morta, e não foi sequestrada pelos extremistas.

O que aconteceu

Em entrevista à CNN norte-americana, o irlandês Thomas Hand disse que, dada às circunstâncias, comemorou quando recebeu a notícia

Eles disseram "achamos Emily. Ela está morta. E eu disse "Sim!", e sorri. Porque eu sabia que essa era a melhor notícia diante das possibilidades que eu conhecia. Ela estaria morta ou em Gaza. E se você sabe alguma coisa sobre o que fazem com as pessoas em Gaza, é pior do que a morte. Eles não teriam água, não teriam comida. Ela estaria numa sala escura lotada de sabe lá Deus quantas pessoas e apavorada a cada minuto, hora, dia e possivelmente ano que passasse. Então morte é uma bênção Thomas Hand, em entrevista à CNN

Segundo a CNN, a menina foi uma das vítimas de um ataque do Hamas a um kibutz na cidade de Be'er que deixou mais de 100 mortos no sábado (.7). Thomas Hand se perdeu da filha e foi resgatado sozinho. Dois dias depois, foi informado

De acordo com a reportagem, integrantes do Hamas foram de porta em porta na comunidade agrícola e mataram as pessoas que encontraram. Algumas tentaram fugir para abrigos, que foram feitos para resistir a ataques de mísseis, mas não a invasões. "Esses abrigos se transformaram, então, em câmaras de execução", conforme a repórter.

Conflito entre Israel e Hamas

O conflito entre Israel e Hamas já dura seis dias e, segundo as informações oficiais divulgadas por autoridades dos dois lados, já deixou pelo menos 2.600 mortos.

O Ministério da Saúde da Palestina fala em 1.300 mortos em Gaza, enquanto Israel cita mais de 1.300 mortos.

Na última terça (10), Israel afirmou ter encontrado 1.500 corpos de membros do Hamas, mas não deu detalhes. Os cadáveres, segundo o governo israelense, estavam no sul do país.

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A ONU afirma que os bombardeios israelenses danificaram 12.600 prédios e forçaram mais de 260 mil palestinos a deixarem suas casas. Brasileiros no país relatam que a situação é cada vez mais dramática, porque as fronteiras seguem fechadas e itens como água e comida estão acabando.

Brasileiros na Faixa de Gaza

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou nesta quinta-feira (12) ter identificados 20 brasileiros, "em sua maioria mulheres e crianças", interessados em ser retirados da Faixa de Gaza. Alguns deles estão numa escola, onde receberam alimentos, colchões e roupas de cama.

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que não bombardeie a escola.

O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, cidade palestina na Cisjordânia, disse que contratou veículos para levar os brasileiros até a fronteira com o Egito. O transporte será feito "tão logo seja possível a passagem por Rafa", informou o Itamaraty.

O Ministério disse ainda que negocia com autoridades egípcias para que a entrada dos brasileiros e de seus familiares vindos de Gaza seja permitida.

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Brasileiros resgatados de Tel Aviv

Três aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) já deixaram Tel Aviv, em Israel, com brasileiros resgatados, informou o Itamaraty.

O último voo deixou Israel com destino a Guarulhos (SP) nesta quinta com 69 pessoas. Com isso, o número de resgatados chegará a 494 pessoas.

O Itamaraty informou ainda que mais dois voos estão previstos até domingo (15).

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