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Jamil: Racha na comunidade internacional impede ONU de agir na guerra

A inércia da ONU para agir na guerra entre Israel e Hamas, em especial para promover ajuda humanitária aos civis, deve-se ao racha existente na comunidade internacional, que há anos impede a atuação da instituição em outros conflitos. A análise é do colunista do UOL Jamil Chade, em participação no UOL News da manhã de hoje (20).

A ONU não é incapaz porque quer; ela é incapaz de lidar com os conflitos no mundo hoje porque não existe acordo sobre praticamente nada. Mais uma vez vemos a comunidade internacional completamente rachada e sem conseguir fazer qualquer coisa. Jamil Chade, colunista do UOL

Jamil lembrou os casos de conflitos na Síria e na Ucrânia, que se arrastam há um longo período sem qualquer interferência da ONU, de mãos atadas pelos vetos ocorridos em seu Conselho de Segurança. No caso da guerra Israel-Hamas, os EUA votaram contra a resolução brasileira que pedia uma pausa humanitária na Faixa de Gaza.

A ONU não existe por si só. Ela é o resultado do que os governos querem que ela seja. Se os governos não têm um acordo sobre um assunto, a ONU não tem o direito de se pronunciar sobre aquilo. A ONU não pode fazer nada se o Conselho de Segurança não chegar a um acordo. É muito importante entender que existem responsáveis pelo imobilismo da ONU. Jamil Chade, colunista do UOL

Os governos de 50 países se articulam para derrubar o veto dos EUA e tentar aprovar uma resolução na Assembleia Geral da ONU. Jamil explicou que é mais fácil a medida ser aprovada neste caminho, mas ela perde força e dificilmente terá algum efeito prático.

São governos principalmente do Oriente Médio e da África. Eles pedem que a Assembleia Geral da ONU se reúna para tratar de forma emergencial a situação em Gaza. É mais fácil a resolução passar pela Assembleia, mas aí caímos em outro problema. A Assembleia Geral, em uma resolução, não tem o mesmo poder do Conselho de Segurança. Ela cria constrangimento para o governo de Israel e põe pressão, mas na prática não consegue destravar a situação. Jamil Chade, colunista do UOL

Tales: É assustador EUA apoiarem estratégia de Netanyahu para prolongar guerra

Tales Faria se indignou com a postura de Joe Biden e suas manifestações de apoio a Benjamin Netanyahu em meio à guerra com o Hamas. O colunista condenou a tática do primeiro-ministro de Israel, que prolonga o conflito para se manter por mais tempo no poder, com o respaldo do governo dos EUA.

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A declaração do Netanyahu de que a guerra será longa me chama a atenção. Significa que haverá muito mais mortes. A chacina vai continuar, principalmente com a invasão por terra. Ele quer prolongar essa guerra porque ela o mantém no poder. Isso é assustador, assim como os EUA, a maior potência do mundo, estarem apoiando essa estratégia. Tales Faria, colunista do UOL

Análise: Governo precisa afastar fantasmas de vigilância e controle na Abin

O governo Lula tem o desafio de extirpar o espírito controlador e de vigilância instalado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Jair Bolsonaro. A análise é da advogada e integrante da Coalizão Direitos na Rede Bruna Santos, ao comentar a operação realizada pela Polícia Federal nesta sexta (20) e que investiga o uso ilegal de um sistema de monitoramento de celulares pela agência.

É importante que o novo governo pense muito em como reestruturar a Abin e afastar os fantasmas de vigilância e controle da sociedade, que infelizmente foram colocados na estrutura da agência. São pessoas que estavam lá até hoje em cargos de direção. É algo que surpreende e ajuda a reforçar essa tendência de instrumentalização da esfera pública, algo comum e que representa o governo Bolsonaro. Bruna Santos, advogada e integrante da Coalizão Direitos na Rede

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

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Veja a íntegra do programa:

Quando: de segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Opinião

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