Tem que levar tesoura! Como é o (estranho) processo de votação na Argentina

No Brasil, para votar em um candidato basta digitar seu número, apertar "confirma" na urna eletrônica e ouvir aquele barulhinho satisfatório. Na Argentina, o processo é mais complexo: dependendo de qual candidato escolher, o eleitor precisa até levar uma tesoura para o local de votação.

Por lá, a eleição é feita com cédulas de papel. Cada cédula tem todos os candidatos de um mesmo partido para os cargos em disputa. Nas eleições do último domingo, por exemplo, os argentinos votaram para presidente, vice-presidente, senadores, deputados e parlamentares regionais e nacionais do Mercosul.

Se o eleitor escolhe todos os candidatos do mesmo partido, basta depositar a cédula completa na urna, dentro de um envelope.

Mas, se ele deseja votar em candidatos de partidos diferentes para os distintos cargos, é preciso recortar o documento.

O corte deve ser feito de forma cuidadosa, na linha pontilhada, para que o voto não seja anulado. Depois disso, o processo é o mesmo: as cédulas devem ser colocadas dentro de um envelope e depositadas na urna.

Massa e Milei disputam segundo turno

O primeiro turno das eleições gerais argentinas aconteceu no domingo. O governista Sergio Massa liderou a disputa pela Presidência, com 36,7% dos votos. O radical de direita Javier Milei obteve 30%.

O resultado foi considerado surpreendente, já que Milei era o favorito desde as primárias. Massa teve bom desempenho principalmente por conta do eleitorado da província de Buenos Aires. Mesmo assim, foi o pior desempenho dos peronistas nas últimas quatro décadas.

Continua após a publicidade

Massa e Milei disputam o segundo turno, marcado para o dia 19 de novembro.

Deixe seu comentário

Só para assinantes