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Exército israelense faz incursão terrestre em Gaza; 250 alvos são atacados

No 20º dia da guerra entre Israel e Hamas, as Forças de Defesa de Israel confirmaram que realizaram uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (26), para atacar instalações do grupo extremista. A ação é considerada "relativamente grande", segundo a agência Reuters. Novos bombardeios atingiram 250 locais do Hamas, segundo o Exército de Israel.

O que aconteceu

O Exército de Israel disse que tanques e infantaria entraram no norte da Faixa de Gaza matando "muitos" combatentes do Hamas e destruindo infraestruturas militares e posições antitanques. O comunicado foi feito no X (antigo Twitter).

A operação decorreu sob o controle da Brigada Givati, uma das cinco unidades de infantaria do exército do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Os militares afirmaram também que a incursão tinha como alvo postos antitanque criados pelo grupo extremista. O comunicado israelense ressalta que as suas forças saíram de Gaza no final do ataque.

Houve um telefonema entre Netanyahu e Biden ontem. O líder dos EUA pediu ao primeiro-ministro de Israel uma garantia de segurança dos americanos mantidos em cativeiro antes do início dos confrontos por terra.

Netanyahu mencionou que os preparativos estariam na fase final e que o gabinete de guerra israelense tomaria uma decisão unânime sobre quando proceder.

O primeiro-ministro afirmou que "nenhuma conciliação política" será feita com o Hamas e que o objetivo de Israel é "conduzir o país para uma vitória esmagadora". O dia e a hora da incursão terrestre não será informado ao público para "garantir a segurança" dos membros do Exército.

Vamos começar uma operação terrestre. Quero dizer para vocês que o momento do Exército é definido pelo gabinete de guerra e pelo chefe do Estado Maior. Estamos atuando para ter as melhores condições. Quando entrarmos em Gaza, quando começar a guerra, não haverá nada que nos detenha até alcançar o objetivo. Só temos uma coisa para o Hamas: o fogo
Benjamin Netanyahu

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Novos bombardeios de Israel atingem 250 locais do Hamas

As Forças de Defesa de Israel declararam que aviões militares atacaram mais de 250 locais pertencentes ao Hamas na Faixa de Gaza.

Os locais incluíam centros de comando, túneis e lançadores de foguetes que foram "colocados no coração de áreas civis que dispararam contra o território israelense durante a guerra", de acordo com as IDF (na sigla em inglês).

A Marinha israelense afirmou ter atacado um posto de lançamento de mísseis terra-ar do Hamas na cidade de Khan Younis.

O Exército de Netanyahu afirmou que o local de lançamento de mísseis estava "localizado ao lado de uma mesquita e de um jardim de infância, o que é mais uma prova de que o Hamas utiliza deliberadamente civis".

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As Forças de Defesa de Israel atacaram várias áreas de Tal al-Hawa, no centro de Gaza, com ataques aéreos, causando o início de um enorme incêndio. A informação foi divulgada pelo canal de TV Al Jazeera.

Novo prazo para evacuação de Gaza

O Ministério da Defesa de Israel propõe prolongar a evacuação das comunidades que vivem ao longo da cerca de Gaza e da sua fronteira norte com o Líbano até ao final de dezembro, informou a emissora pública israelense.

Na semana passada, o governo israelense comunicou à ONU sobre a ordem dada para os palestinos migrarem do norte para o sul da Faixa de Gaza. Cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem no norte tornando "impossível tal movimento", segundo o porta-voz das Nações Unidas.

O chefe do escritório político e de relações internacionais do Hamas, Basem Naim, disse à Al Jazeera que os palestinos em Gaza não deixariam sua terra natal. "Temos duas opções: derrotar essa ocupação ou morrer em nossas casas", disse.

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Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, 7.028 pessoas morreram e 18.484 ficaram feridas, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. Cerca de 2.913 crianças estão entre os mortos.

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