Brasileiro está há mais de um mês desaparecido em Israel
O brasileiro Michel Nisembaum, 59, segue desaparecido em Israel desde o dia 7 de outubro.
O que aconteceu:
As filhas do brasileiro publicaram mensagens com uma foto do pai no dia em que o desaparecimento completou um mês. O último contato dele com a família foi feito em 7 de outubro, dia no qual extremistas do Hamas atacaram israelenses.
Michal Ben David escreveu "volte logo", enquanto a irmã disse: "Esperando por você". Os posts foram acompanhados de uma publicação de uma ONG israelense que conta a história do brasileiro.
"Michel, 59 anos, pai de dois filhos, avô de cinco (em breve seis) e 'tio-avô', como a família lhe chama, para mais sete netos", diz o post, que conta também que o brasileiro atua como "motorista, entregador, vendedor e prestador de serviços no mundo dos computadores, voluntário na Rescue Union como motorista de ambulância, e muito mais".
Natural de Niterói (RJ), Michel está em Israel há 35 anos. A embaixada do Brasil só foi informada do desaparecimento em 22 de outubro.
O UOL procurou o Itamaraty para pedir informações sobre as buscas por Michel. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.
Telefone foi atendido por integrante do Hamas, diz família
O telefone do brasileiro teria sido atendido por um integrante do grupo extremista Hamas. A informação é da família de Michel.
Mary Choat, irmã de Michel, acredita que integrantes do Hamas atenderam o telefone do brasileiro. "A filha dele falou com ele no sábado, às 6h57. Depois, ela telefonou de volta cerca de sete, seis minutos. Ele já não atendeu. Ela continuou chamando. No momento que alguém atendeu, era mais ou menos 7h23, gritaram no telefone 'Hamas, Hamas' e desligaram. Desde então, o telefone está desligado", disse, em entrevista à Band.
Brasileiros morreram em conflito
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou a morte de três brasileiros, e da filha de uma brasileira, todos residentes em Israel.
As vítimas são a carioca Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, e Ranani Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos. Os três estavam em uma festa invadida pelo grupo extremista Hamas.
Ranani foi a primeira vítima brasileira a ser confirmada pelo Itamaraty. Ele estava com a namorada, Rafaela Treistman, e um amigo em uma rave, conseguiu se abrigar em um bunker e chegou a gravar um vídeo relatando a situação. No entanto, após o abrigo ser invadido, o rapaz desapareceu.
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Quero receberBruna teve a morte confirmada pela família nas redes sociais. A jovem estava na mesma festa, e um vídeo divulgado primeiro pelo Fantástico mostra a vítima em um bunker com várias outras pessoas antes de ser morta. Ela aparece sentada no chão e encolhida perto de uma janela.
Karla foi a terceira vítima confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores. Ela chegou a enviar um áudio a uma amiga enquanto fugia do local da rave, para a qual foi com o namorado e amigos israelenses.
Além dos brasileiros, ao menos 260 pessoas foram mortas na rave, que era realizada próxima à Faixa de Gaza. Mais de 3 mil pessoas participavam do evento, invadido pelo Hamas.
Já a israelense Celeste Fishbein, de 18 anos, era refém do grupo extremista Hamas e foi morta em Israel a caminho da Faixa de Gaza, informou seu tio, Mario Fishbein.
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