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Embaixador: Não há razão para atribuir êxito do resgate em Gaza à oposição

Não há nenhuma razão objetiva para atribuir à oposição ou a quem quer que seja, o sucesso da operação de resgate de brasileiros em Gaza, disse o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho, em entrevista ao UOL News na manhã desta segunda-feira (13).

Nesta manhã, um avião decolou do Cairo, no Egito, rumo à Brasília com um grupo de 32 pessoas formado por brasileiros e parentes que conseguiram sair da Faixa de Gaza no fim de semana.

Não há nenhuma razão objetiva para atribuir à oposição ou quem quer que seja, o êxito dessa operação de resgate desses cidadãos brasileiros. Objetivamente, quem tomou todas as providências, quem conquistou, digamos, essa vitória, quem fez o trabalho, foram as instituições do Estado do Brasil e que também são representados pelo governo
Paulino Franco de Carvalho, embaixador do Brasil no Egito

Não há Estado sem governo e o presidente do Brasil hoje é o presidente Lula. Naturalmente, não entro no mérito político-partidário, quem tem a responsabilidade pela retirada desses brasileiros de Gaza ou de Israel é o governo brasileiro, representado pelo presidente da república em último instância

O colunista do UOL Josias de Souza lembrou ao embaixador que a decisão de Israel era a final sobre as listas e perguntou se ele teve essa percepção.

Essa percepção eu tive aqui ouvindo as autoridades egípcias. Sempre que nós conversávamos com elas e com todos os níveis havia essa indicação de que 'está tudo bem, mas vocês têm que conversar com os israelenses'. É natural que Israel tem um peso nisso, agora saber se o peso foi decisivo ou não, em que medida isso influenciou essa lista, se houve um critério objetivo ou não, eu não tenho condição de dizer isso com segurança

Fica difícil saber exatamente os critérios, se é que teve um critério ou objetivo seja de Israel, do Egito ou de outros atores, como o Hamas, nesse processo. Foi tudo feito de uma maneira de tentativas e erros. Não havia uma lógica inicial

Sobre a possibilidade de uma segunda lista de brasileiros repatriados, o embaixador lembra que há pessoas que possuem laços muito fortes com Gaza e que não necessariamente querem deixar a região.

Uma operação de retirada de brasileiros, seja de Gaza, seja de Israel, não é uma operação simples, é uma operação custosa. Recursos humanos, recursos materiais. Envolve uma operação e um planejamento que não são simples

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Tudo isso tem que ser pensado, não depende só do Itamaraty, depende do Ministério da Defesa, da Aeronáutica. [...] Nem todo país, ou pouquíssimos países ou quase nenhum país faz o que o Brasil faz de retirar com tanta presteza, rapidez e generosidade os seus cidadãos de regiões de conflito

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