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Josias: Milei pode atrapalhar, mas não irá inviabilizar relação com Brasil

Apesar das declarações de Diana Mondino, cotada para assumir o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, o governo de Javier Milei não deve inviabilizar as relações entre o país e o Brasil. A avaliação é do colunista Josias de Souza, durante participação no UOL News desta quarta (22).

Brasil e China são simplesmente os dois maiores parceiros comerciais da Argentina. Um país que está quebrado, em ruínas, vai desprezá-los? A tendência é que o mercado se adapte à maluquice. É evidente que o governo sempre pode prejudicar, mas não vai aniquilar esse mercado. É improvável que ele inviabilize as relações comerciais com o Brasil porque elas independem do governo. Ele pode atrapalhá-las, mas não as inviabilizar. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias destacou que o Brasil mantém uma relação comercial especial com a Argentina, pois exporta ao vizinho produtos manufaturados, com alto valor agregado, enquanto vende matéria-prima para outros parceiros importantes. Não faria sentido, portanto, cortar estes elos.

Milei é um problema para todos, mas antes de considerarmos os prejuízos que ele pode provocar para a economia brasileira, é preciso levar em conta que também a Argentina, em primeiro lugar, está sujeita a ter prejuízos com a presidência dele. Josias de Souza, colunista do UOL

Apesar da vitória nas urnas, Milei terá dificuldade para governar, projeta Josias. O colunista apontou semelhanças entre as campanhas do argentino e a de Jair Bolsonaro, que se apresentam como "antissistema".

Na prática, Milei vai se sentar no trono da Casa Rosada infectado pelo pior tipo de ilusão que pode acometer um presidente: a de que preside. Ele foi eleito graças a uma conjunção da raiva com o desalento que tomou conta do eleitorado argentino. Se ele assume imaginando que dispõe de um cheque em branco para fazer o que bem entender, ele logo ficará sem fundos. Josias de Souza, colunista do UOL

Análise: Hamas tem mais chance de continuar no poder do que Netanyahu

Também no UOL News, o professor de relações internacionais Reginaldo Nasser avaliou que as chances de o Hamas se manter no poder são maiores do que as de Benjamin Netanyahu permanecer como primeiro-ministro de Israel.

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Em relação a Israel, é quase um consenso de que Netanyahu não sobrevive. Para o grupo dele, ainda há uma certa esperança. O sucesso que ele alardeou está cada vez mais longe, mas está insistindo nisso. Do lado dos palestinos, é menos o mérito do Hamas e mais a ausência de outros atores com capacidade de representá-los e organizá-los. Acredito mais na possibilidade de o Hamas continuar e menos na de Netanyahu permanecer no poder. Reginaldo Nasser, professor de relações internacionais

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Opinião

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