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Josias: Mundo cobra Lula pela liderança natural nas tensões com a Venezuela

Com a crescente tensão entre Venezuela e Guiana aumenta a pressão internacional para que Lula faça valer sua liderança regional e atue como mediador, afirmou o colunista Josias de Souza durante participação no UOL News desta sexta (8). O presidente dos EUA Joe Biden pediu para o Brasil agir para acalmar a situação em torno da disputa do território de Essequibo.

A Casa Branca tem razão. Neste caso específico, Brasil e Lula são um mediador natural. Nos casos de Ucrânia e Israel, Lula se oferecia para negociar. Agora, o mundo e os vizinhos cobram dele. A Casa Branca cobra que ele exerça a liderança natural que o Brasil tem que exercer nessa região por ser uma potência regional. Lula tem responsabilidades maiores porque Nicolás Maduro é ligado a ele. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias ressaltou que Lula estará sob os holofotes por conta de sua proximidade com Nicolás Maduro. Para o colunista, o petista tem a oportunidade de mostrar sua liderança natural em uma questão relevante em seu "quintal", em contraste com o papel "fabricado" que pretendeu ao se oferecer para mediar os conflitos na Ucrânia e em Israel.

Lula já não pode mais lançar mão daquela retórica do conflito na Ucrânia na qual iguala dois culpados pelo conflito. Aqui, há um responsável nítido: quem está ameaçando provocar uma guerra na floresta é o Maduro. A menos que Lula consiga aplicar um sedativo no seu companheiro venezuelano, ele se arrisca a ouvir uma pergunta. Ele diz que o Brasil voltou ao cenário internacional, mas voltou para quê?

Neste caso específico da Venezuela, esta volta tem que significar uma mediação consequente. O Lula precisa atuar como um mediador claro. Até agora, ele tem dado declarações adequadas, sinalizando ao Maduro que não vai aprovar uma aventura bélica na Guiana. Mas é preciso que a adequação evolua para algo mais forte e decisivo. Josias de Souza, colunista do UOL

Tales: Pesquisa Datafolha não é ruim para Lula em ano de arrumação da casa

O resultado da pesquisa Datafolha, que mostra aprovação de 38% dos brasileiros ao governo Lula, não deve ser considerado ruim para o presidente, que precisou "arrumar a casa" em seu primeiro ano de mandato. A avaliação é do colunista Tales Faria, que projetou o cenário que Lula deve enfrentar em 2024 tanto na política interna como externa.

A pesquisa não é ruim para Lula e está dentro do esperado se pensarmos em um primeiro ano de 'arrumação da casa'. É preciso lidar com um Congresso altamente problemático, dominado pelo centrão, e conseguir aprovar uma série de medidas que permitam estabelecer condições para a economia deslanchar. Até agora, os índices econômicos são razoáveis para bons.

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No primeiro ano, até o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] disse que 'foi surpreendido pelos índices econômicos alcançados pelo governo. Ao que parece, a casa está sendo arrumada, com todos os problemas que têm. Foi exatamente por isso que ele se dedicou a ter apoio externo, porque pode vir uma pancada. Tales Faria, colunista do UOL

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Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Opinião

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