Ministras se manifestam contra greve geral na Argentina: 'Não temos medo'
Duas ministras argentinas foram às redes sociais criticar a greve geral prevista no país para hoje. Os manifestantes rejeitam as reformas trabalhistas propostas pelo presidente Javier Milei.
O que aconteceu
Chanceler Diana Mondino e ministra da Segurança, Patricia Bullrich, censuraram fortemente o movimento.
"A greve não tem justificativa", escreveu Mondino. "[Foi] convocada pela oligarquia de milionários com carros blindados e motoristas, falsos representantes dos trabalhadores, ratifica que estamos no caminho certo. As coisas se conseguem com esforço, não chorando e batalhando. Não tenhamos medo deles".
Bullrich chamou os sindicalistas de "mafiosos". "Não há greve que nos detenha. Sindicalistas mafiosos, gerentes da pobreza, juízes cúmplices e políticos corruptos defendendo seus privilégios e resistindo a mudança escolhida pela sociedade democraticamente", disse ela no X (ex-Twitter).
Ministra da Segurança fez vídeo nas ruas com comércios abertos. Patricia Bullrich passeou por algumas lojas do bairro de Flores. "O que faz o país?", pergunta Bullrich a alguns lojistas. "Segue trabalhando", respondem.
Greve geral convocada pela maior central sindical da Argentina é primeiro grande desafio de Milei. A Confederação Geral do Trabalho (CGT), de orientação peronista, rejeita, principalmente, as alterações por decreto do regime trabalhista promovidas por Milei, que limitam o direito à greve e afetam o financiamento dos sindicatos.
Descontentamento com desvalorização da moeda em 50% e a liberação dos preços dos combustíveis. Essas e outras decisões de Milei foram recebidas de forma impopular especialmente por reduzirem drasticamente o poder aquisitivo dos assalariados e aposentados.
Ainda assim, pesquisas mostram que o presidente mantém uma imagem positiva entre 47% e 55% dos entrevistados.
A greve, de 12 horas, teve início ao meio-dia, com uma passeata da sede da CGT até o Congresso. Um a cada quatro trabalhadores é sindicalizado na Argentina.
NO HAY PARO QUE NOS DETENGA
-- Patricia Bullrich (@PatoBullrich) January 24, 2024
Sindicalistas mafiosos, gerentes de la pobreza, jueces cómplices y políticos corruptos, todos defendiendo sus privilegios, resistiendo el cambio que decidió la sociedad democráticamente y que lidera con determinación el presidente @JMilei. No hay paro?
EL PAÍS SE HACE TRABAJANDO
-- Patricia Bullrich (@PatoBullrich) January 24, 2024
Desde Flores. Todos los locales abiertos. pic.twitter.com/MyL1RuARLY
El paro no tiene justificación.
-- Diana Mondino (@DianaMondino) January 24, 2024
Convocado por la oligarquía de millonarios con autos blindados y chófer, falsos representantes de los trabajadores, ratifica que estamos en el camino correcto.
Las cosas se consiguen con esfuerzo, no llorando y pataleando.
No les tenemos miedo.
*Com AFP
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