Governo de SP transfere gabinete da Segurança para Santos, em meio a mortes

O secretário não confirmou terem ocorrido ao menos oito mortes de suspeitos durante ação da PM desde o último final de semana. Um suspeito em fuga morreu ao cair de um prédio na mesma ação que deixou um PM morto e outro ferido, na manhã desta quarta-feira (7), em Santos.

Três policiais morreram na Baixada

Soldado da Rota foi assassinado na última sexta (2). O soldado Samuel Wesley Cosmo, da tropa de elite da Polícia Militar, morreu horas após levar um tiro no rosto em patrulhamento em Santos, no bairro do Bom Retiro, zona noroeste de Santos.

Logo após a morte dele, a SSP deflagrou uma operação na Baixada Santista. O objetivo era identificar e prender o autor do disparo que tirou a vida do soldado. Várias guarnições da Rota e de outros Batalhões de Choque foram mobilizadas.

Derrite disse que a polícia identificou o atirador do soldado Cosmo. Ele afirmou que poderá anunciar em breve um prêmio de até R$ 50 mil para quem ajudar com informações que levem ao paradeiro do criminoso.

A legislação permite que eu, como secretário de segurança pública, emita uma resolução e possa pagar até R$ 50 mil para qualquer pessoa física ou jurídica que tenha informação privilegiada e que traga para nós essa informação, desde que ela se torne relevante para ocasionar a prisão.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo

Cabo da PM foi morto nesta quarta-feira. José Silveira dos Santos, do 2º Baep, foi baleado no abdômen e morreu na manhã de hoje, também durante patrulhamento de rotina.

O soldado Marcelo Augusto da Silva, 28, foi morto a tiros na madrugada do dia 26, na interligação da rodovia Anchieta-Imigrantes, em Cubatão, na Baixada Santista. Marcelo trabalhava na Operação Verão, em Praia Grande, e voltava para a casa, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, por volta das 2h30, quando foi baleado. Ele pilotava uma moto. A arma do PM não foi encontrada e pode ter sido roubada.

O que mais disse o secretário

Derrite disse que as câmeras corporais não adiantariam em nada. "Se fosse assim, os policiais em operação em Santos não estariam mortos agora."

O criminoso, no Brasil, não tem medo da lei. Essa é uma realidade que venho alertando há muito tempo. O assassinato do policial civil Paulo Henrique, em São Paulo, que morreu na folga, é reflexo dessa situação de impunidade. Quando o criminoso identifica uma vítima como policial, está decretada uma execução contra ele.
Guilherme Derrite

Secretário se referiu ao assassinato de um policial civil em São Paulo, ontem. Paulo Enrique da Silva, 45, da 4ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de São Paulo, morreu após ser baleado durante uma tentativa de assalto, na Pompeia, zona oeste da capital paulista.

O agente e o criminoso entraram em luta corporal durante uma tentativa de roubo na rua Barão do Bananal. Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram o momento em que o agressor saca a arma e atira no oficial.

Vou solicitar ao MP e Poder Judiciário para agirmos em conjunto, para uma troca mais eficientes de informações, para que mandados de busca e de prisão sejam agilizados. Confio no MP e na Justiça. O Gaeco vai formar esforços conosco.
Guilherme Derrite

O secretário afirmou que haverá reforço também no centro de Inteligência da PM. Derrite explicou que o objetivo é "centralizar as informações de inteligência para que os policiais em campo possam atuar com foco e grau estruturado de prioridades, da cúpula do crime organizado até os seus membros".