DNA confirma identidade de terrorista japonês procurado por 50 anos
Um exame de DNA confirmou a identidade de um dos criminosos mais procurados do país. O japonês revelou quem era quatro dias antes de morrer.
O que aconteceu
O exame confirmou que o idoso era mesmo Satoshi Kirishima. Ele teria cometido atos terroristas no Japão nos anos 70 e foi procurado por 50 anos.
"Foi confirmado que a pessoa que morreu no hospital em 29 de janeiro era o próprio Satoshi Kirishima", disse um porta-voz da polícia de Tóquio à AFP nesta terça-feira (27).
Casos foram encaminhados ao Ministério Público. Após a confirmação da identidade, "enviamos hoje cinco arquivos de casos [relacionados a Satoshi Kirishima] ao Ministério Público do Distrito de Tóquio", disse o porta-voz.
Satoshi Kirishima foi acusado de realizar atentados contra empresas japonesas. Ele teria se unido à Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental durante a faculdade. Oito pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas no atentado a bomba de 1975 em um prédio da Mitsubishi Heavy Industries, cuja culpa foi atribuída ao grupo.
Dois dos dez integrantes do grupo foram condenados à morte. Um deles foi o fundador da Frente, Masashi Daidoji, que morreu em 2017.
Identidade revelada no leito de morte
Quatro dias antes de morrer, o homem de 70 anos disse ser Satoshi Kirishima. Seu rosto ilustrava diversos cartazes de foragido nas ruas de Tóquio.
Ele usava o pseudônimo de Hiroshi Uchida, um trabalhador sem contas bancárias ou seguro de saúde. As medidas o mantiveram oculto durante todo esse tempo, dizem os veículos japoneses TV Asahi e Japan Times, enquanto ele se sustentava trabalhando no setor de construção civil em Fujisawa.
A polícia recebeu uma denúncia sobre as alegações do homem e foi ao hospital colher seu depoimento. Em 29 de janeiro, quatro dias após ser interrogado, Kirishima morreu enquanto estava internado em Kanagawa, sul de Tóquio.
Com câncer terminal, ele disse que queria morrer "usando seu nome verdadeiro", relatou a polícia. Além disso, Satoshi teria revelado detalhes "até então desconhecidos" dos atentados a bomba, disseram as autoridades em uma coletiva de imprensa no dia 1º de fevereiro.
Com informações de AFP
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