Vivia com cadáveres: cano entupido revelou hábito bizarro de serial killer

Conhecido como o Assassino de Muswell Hill, o serial killer Dennis Nilsen matou pelo menos 16 homens por estrangulamento e afogamento antes de desmembrá-los. Morto em 2018, ele se declarou inocente em seu julgamento.

Quem era Dennis Nilsen

Crimes aconteceram em Londres, na Inglaterra. Nascido em 23 de novembro de 1945 na cidade de Aberdeenshire, na Escócia, Dennis Andrew Nilsen foi um ex-funcionário público que matou e esquartejou muitas de suas vítimas em dois endereços em Muswell Hill, no norte de Londres.

Acredita-se que Nilsen tenha assassinado até 16 jovens, muitos dos quais eram gays, entre 1978 e 1983. Segundo o The Guardian, na época, especulava-se também que alguns eram pessoas em situação de rua ou garotos de programa.

Nilsen fazia amizade com suas vítimas em pubs e bares antes de atraí-las para seu apartamento. De acordo com o The Sun, os rapazes iam até o local com a promessa de uma refeição, bebida ou sexo. A maioria deles era assassinado por estrangulamento. Além disso, Nilsen ocasionalmente afogava suas vítimas.

Como se fossem manequins. O escocês matava as vítimas e se sentava com os cadáveres antes de desmembrá-los, como se fossem colegas de quarto, segundo a BBC.

Os crimes de Nilsen só foram descobertos por acaso. Um vizinho chamou um encanador para investigar o entupimento do esgoto no local, e assim foram descobertos os restos mortais que ele tentou eliminar. De acordo com The Mirror, a polícia foi chamada e entrou no apartamento assim que Nilsen voltou do trabalho. O assassino foi preso depois de os policiais terem encontrado provas horríveis.

Em 1983, ele foi condenado à prisão perpétua por seis assassinatos e duas tentativas de homicídio. Inicialmente, Nilsen confessou ter matado "15 ou 16" jovens. No entanto, no julgamento, ele se declarou inocente, argumentando que não tinha capacidade mental para formar a intenção de cometer os homicídios.

'Fascínio pela morte'

O documentário "Murder in Mind" apresentou trechos de uma entrevista que Nilsen deu na prisão em 1993, relatou o canal de televisão norte-americano Sky News. Nele, o assassino descreveu como gostava de vestir os corpos com calças e coletes, depois despi-los, e disse que gostava da sensação de poder ao carregar os corpos "flácidos".

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Nilsen tinha um "fascínio perturbador pela morte", segundo o The Sun. Enquanto alguns restos mortais foram descartados, outros foram armazenados sob as tábuas do piso e em armários por muitos meses. "Todos os corpos desapareceram. Não sobrou nada. Mas ainda sinto uma comunhão espiritual com essas pessoas", disse o assassino.

Nilsen morreu em 12 de maio de 2018, aos 72 anos, após uma operação de emergência. Segundo o The Sun, ele foi levado da prisão Full Sutton para o Hospital York após reclamar de fortes dores de estômago. Então, Nilsen foi submetido a uma cirurgia e morreu após complicações do procedimento.

Sobreviventes

A homofobia prejudicou as investigações policiais na época dos crimes. Um ano após seu primeiro assassinato, Nilsen tentou matar Andrew Ho. O jovem imigrante de 19 anos escapou e relatou o ataque à polícia. Nilsen foi interrogado, mas a polícia não tomou nenhuma atitude.

Outro sobrevivente foi Douglas Stewart, que lutou contra uma tentativa de estrangulamento de Nilsen em novembro de 1980. Ainda segundo o The Guardian, a polícia considerou o incidente "uma briga de amantes movida a álcool". Mais tarde, Stewart disse que "assim que a palavra 'homossexual' foi mencionada, a polícia perdeu todo o interesse".

Em maio de 1982, Carl Stottor foi atacado por Nilsen e também sobreviveu. Mas, mais uma vez, a polícia não fez nada. Já no julgamento de Nilsen, Paul Nobbs, de 19 anos, testemunhou que, apesar de escapar de uma tentativa de assassinato dele, nunca foi à polícia porque já esperava que a homofobia pudesse silenciá-lo.

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