Ex-ministro de Bolsonaro vota na Itália: 'Em papel, auditável'
Onyx Lorenzoni, ex-deputado federal e ex-ministro no governo de Jair Bolsonaro (PL), votou na Itália, no último domingo (9), na eleição que ajudou a assegurar vitória à extrema direita ao Parlamento europeu.
O que aconteceu
Lorenzoni publicou vídeo nas redes sociais. O político —que tem cidadania italiana— disse ter realizado o sonho do pai ao participar do processo eleitoral local e reforçou diferenças, como "uma votação em papel e auditável".
"É mais um conservador que eu ajudo a pôr no Parlamento Italiano", disse. "Hoje realizei um sonho do meu pai. Como vocês sabem, estou na Europa fazendo uma pós-graduação em gestão, e depois de conseguir a dupla cidadania, hoje participei da minha primeira votação na Itália. Detalhe importante: voto em papel, auditável", destacou.
A Europa vive maior guinada à direita desde o começo do projeto de integração na década de 1950. Partidos ultraconservadores, populistas, xenófobos e de extrema-direita avançaram principalmente na Alemanha, Holanda, Áustria, Itália e França.
Na Itália, o partido conservador Irmãos da Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, obteve o maior número de votos na eleição italiana para o Parlamento Europeu no fim de semana, reforçando a posição da premiê no país e no exterior.
O Partido Democrático, de centro-esquerda e de oposição, ficou em segundo lugar, com 24% dos votos. Outro grupo de oposição, o Movimento 5 Estrelas, ficou em terceiro, com 9,9% - seu pior resultado em nível nacional desde sua criação em 2009.
O governo brasileiro afirmou nesta segunda-feira (10) que não vai comentar a vitória do partido conservador e o fortalecimento de movimentos populistas e de extrema direita na eleição europeia no último fim de semana. Mas o presidente Lula (PT) deve se encontrar com alguns dos principais líderes europeus em sua viagem à Suíça e à Itália. Ele participará de uma conferência da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e irá como convidado à Cúpula do G7, reunião de líderes das sete maiores economias do mundo.
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