Ex-comandante que tentou golpe na Bolívia pode pegar até 20 anos de prisão
O ex-comandante do exército boliviano Juan José Zuñiga, líder do golpe de estado fracassado na Bolívia, vai responder por três crimes do Código Penal boliviano, segundo o ministro da Justiça do país, Ivan Lima Magne.
O que aconteceu
Zuñiga deve responder por levante armado contra soberania do Estado, sedução de tropas e atentado contra a vida do presidente. Os crimes estão detalhados nos artigos 121, 127 e 128 do Código Penal, informou Magne, em publicação nas redes sociais.
Processo penal contra o ex-comandante foi iniciado ainda na noite da quarta-feira (26). Segundo o ministro, o processo está a cargo da Procuradoria-geral da República.
Ação foi irresponsável e desonra forças armadas, diz ministro. Em posicionamento, Magne afirmou que Zuñiga foi "desleal com os valores básicos de respeito e dignidade das Forças Armadas".
Vamos buscar a condenação dele à pena máxima de prisão para esses delitos, de 15 a 20 anos de encarceramento por atentar contra a democracia e contra a Constituição.
Ivan Lima Magne, ministro da Justiça da Bolívia
Tentativa de golpe de Estado
Zuñiga, recebeu voz de prisão na noite da quarta-feira (26) em La Paz. Ele, que foi demitido do cargo na terça-feira (25), comandou militares bolivianos com tanques e tropas em frente à sede do governo.
À imprensa, ele pediu um "novo gabinete". Ele também falou que trocaria os ministros e prenderia Evo Morales se ele quisesse se candidatar à presidência em 2025.
Policiais militares fardados usaram escudos para fechar a sede do governo. Um blindado foi usado para arrombar as portas e bombas de efeito moral foram usadas contra manifestantes.
Nomeação de três novos chefes para as Forças Armadas. Após a prisão de Zuñiga, o presidente Luis Arce nomeou novos representantes do Alto Comando militar. Eles são José Wilson Sánchez Velásquez (Exército); Geraldo Zabala Alvarez (Força Aérea) e Renán Wilson Guardia Ramírez (chefe da "Marinha" boliviana, conhecida como Armada).
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.