Israel mata 29 em ataque a escola utilizada como abrigo na Faixa de Gaza

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1. Bombardeio em escola utilizada como abrigo em Gaza mata ao menos 29 pessoas. O ataque ocorreu em Abassan, no sul da Faixa de Gaza, e também deixou dezenas de feridos, segundo fontes palestinas. Israel afirmou que a operação aérea na região visou um membro do Hamas e declarou que vai verificar as informações sobre civis atingidos. Tanques voltaram a ocupar a Cidade de Gaza, no norte da Faixa, um dos primeiros alvos no início da guerra, em outubro. Hoje, o exército israelense lançou panfletos na cidade alertando os moradores para que deixem a área, afirmando que há corredores de segurança para seguir até o sul e que a cidade "continua sendo uma zona de combates perigosa."

2. Biden enfrenta teste de imagem em cúpula de líderes da Otan. O presidente americano iniciou a cúpula, que celebra os 75 anos da aliança militar ocidental, com a presença de 38 líderes em Washington, com um discurso enérgico e o anúncio do envio de sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia. As ações de Biden têm sido observadas com atenção pelo campo democrata, onde há pressões crescentes de membros do partido para que ele abandone a disputa presidencial, após sua participação desastrosa no debate contra Donald Trump. O The New York Times escreve que Biden se expressou com uma voz forte, cometeu poucos erros e retomou temas de alguns dos discursos mais memoráveis de sua presidência.

3. Após quatro anos de atraso, foguete europeu Ariana 6 faz primeiro voo e coloca satélites em órbita. A missão coloca a Europa de volta na disputa pelo acesso ao espaço. Mas houve um problema na fase final e o foguete se desviou de sua trajetória. Apesar disso, responsáveis europeus afirmaram que o principal objetivo, colocar os satélites em órbita, foi atingido e que a anomalia não terá consequências sobre os próximos lançamentos. Estão planejados seis voos em 2025. Os europeus sofrem a concorrência da americana SpaceX, de Elon Musk, que lança foguetes regularmente.

4. Em encontro com Putin, premiê indiano defende solução diplomática para a guerra na Ucrânia. A visita de dois dias de Narendra Modi à Rússia começou poucas horas após o bombardeio de um hospital infantil em Kiev. A Índia, aliada histórica de Moscou e parceira do Ocidente, faz um exercício de equilibrismo desde o início do conflito na Ucrânia, diz o Le Monde. A Índia se absteve de condenar a agressão russa e aumentou suas compras de petróleo russo barato. Analistas estimam que a estratégia de Modi é evitar que a China, grande rival do país, tenha a preferência dos russos. Moscou prometeu o retorno para casa de indianos recrutados de forma enganosa pelo exército russo para lutar na Ucrânia.

5. Presidente do Fed celebra "avanços modestos" no combate à inflação nos EUA. Em depoimento no Senado, o presidente do BC americano, Jerome Powell, ressaltou que a autoridade monetária aguarda "mais dados bons" de que a inflação se aproxima de forma sustentável da meta de 2% antes de cortar as taxas de juros, que estão no maior patamar em 23 anos. Em maio, a inflação atingiu 2,6% ao ano. Powell destacou que não estava enviando um sinal sobre o momento do corte das taxas, também lembrou que reduzir os juros cedo demais pode reverter o progresso de queda dos preços e que cortá-los tardiamente pode prejudicar a economia e o emprego.

Deu no The New York Times: "Kamala Harris tem o desafio de se preparar sem se preparar". É o dilema que enfrenta a vice-presidente americana, que assegura lealdade total a Joe Biden, em meio à crescente polêmica sobre seu estado de saúde. Muitos democratas começam a ver a possibilidade de que Kamala lidere o partido em novembro. Mas, na prática, a vice-presidente deve ignorar essas especulações e recusar qualquer interesse, a menos que Biden desista. Se ela se tornar a primeira mulher negra de origem asiática a disputar a presidência dos EUA, o partido democrata vai ter de improvisar uma campanha a partir do zero e deverá encontrar um vice para a sua chapa que deverá ser branco e não muito liberal. Leia mais.

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