Mercados dos EUA têm pior queda desde 2022 com recuo de ações das big techs

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1. Mercados americanos têm pior queda desde 2022 com o recuo de ações da Tesla e de empresas de IA. O S&P 500 caiu 2,3% e o Nasdaq, de companhias de tecnologia, despencou 3,6%. Em ambos os casos, a retração foi impulsionada pelas gigantes do setor, principalmente Nvidia, Microsoft, Meta, Apple e Tesla. As ações da montadora de carros elétricos de Elon Musk desvalorizaram 12,3%, a pior performance desde 2020, após o anúncio de nova queda no lucro trimestral. Com isso, a fortuna de Musk diminuiu em US$ 17,1 bilhões. A Alphabet, controladora da Google, gera preocupações com os investimentos pesados em Inteligência Artificial. A queda nos EUA repercute em outros mercados. A bolsa de Tokyo fechou hoje em forte baixa de 3,28%. Na Europa, as bolsas também operam no vermelho nesta quinta.

2, Em primeiro discurso após desistência, Biden diz que é hora de passar o bastão para "vozes mais jovens". O presidente dos Estados Unidos declarou que abandonou a corrida à Casa Branca para unir seu partido e ressaltou que a defesa da democracia é mais importante do que qualquer cargo. Joe Biden, no entanto, não abordou diretamente as preocupações sobre sua idade e saúde, que o levaram a deixar a disputa. Uma pesquisa da CNN dá vantagem para Donald Trump, com 49% das intenções de voto, contra 46% para vice-presidente Kamala Harris, o que indica empate técnico. Em comício na Carolina do Norte, o republicano chamou Kamala de "lunática radical" e pronunciou repetidamente seu nome de forma incorreta.

3. Milhares protestam contra Netanyahu em Washington. Uma multidão com bandeiras palestinas se reuniu perto do Capitólio, onde o premiê israelense discursou. Houve confrontos com a polícia e a prisão de vários manifestantes. Dezenas de democratas boicotaram o pronunciamento de Benjamin Netanyahu, que recebeu aplausos dos republicanos. Netanyahu pediu aos EUA para desbloquear uma nova ajuda militar para Israel e defendeu com ênfase as operações militares em Gaza. O premiê disse ainda estar confiante sobre a liberação dos reféns detidos pelo Hamas. O exército israelense informou hoje ter recuperado os corpos de cinco outros reféns, entre eles uma professora e militares.

4. TSE desiste de acompanhar eleições na Venezuela após críticas de Maduro. O presidente Nicolás Maduro afirmou em comício que as eleições no Brasil, EUA e Colômbia não são auditadas. O TSE reagiu afirmando que, devido às falsas declarações o tribunal, não enviará técnicos para acompanhar a votação no domingo. O ataque de Maduro ocorreu após Lula dizer que estava assustado com as declarações do líder venezuelano sobre um "banho de sangue" no país caso não seja reeleito. Já o filho de Maduro, o deputado Nicolás Maduro Guerra, disse acreditar na vitória do pai, mas afirma que se ele perder o governo aceitará e se tornará oposição.

5. Presidente do México critica Tesla por adiar construção de fábrica no país. Andrés López Obrador afirmou que a decisão de Elon Musk, dono da Tesla, "não é algo sério" e que por trás disso pode haver uma intenção especulativa "para se sair muito bem nas bolsas e a produção passa para segundo plano". Musk afirmou que uma vitória de Donald Trump, que ele apoia, pode afetar os planos de uma grande fábrica em Monterrey, um investimento de US$ 5 bilhões. Isso porque o republicano promete suspender a venda de carros produzidos no México e também sobretaxar produtos do país.

Passageiros fazem enormes filas no saguão do Aeroporto Internacional de Frankfurt, na Alemanha, depois que ativistas climáticos se colaram na pista e provocaram a suspensão de chegadas e partidas
Passageiros fazem enormes filas no saguão do Aeroporto Internacional de Frankfurt, na Alemanha, depois que ativistas climáticos se colaram na pista e provocaram a suspensão de chegadas e partidas Imagem: Daniel Roland / AFP

Deu no Financial Times: "As companhias aéreas se preparam para o fim do período de lucros recordes". Após o boom de viagens nos últimos dois anos - impulsionado pelo fim das restrições de deslocamentos impostas na pandemia de covid-19 - a maioria das empresas aéreas está cortando os preços das passagens para preencher os assentos dos aviões. Foi o que fez a Ryanair, companhia de baixo custo, que despencou na bolsa após sofrer queda de 46% no lucro. A Lufthansa e várias outras companhias alertaram sobre dificuldades para atingir seu nível de rentabilidade neste ano. Quando a demanda estava aquecida, muitas empresas compraram aviões, levando a um recorde de encomendas, o que provoca preocupações sobre excesso de capacidade. Leia mais.

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