Conteúdo publicado há 1 mês

Opositor de Maduro joga celular fora antes de ser preso na Venezuela

Um dos opositores de Nicolás Maduro jogou o celular fora antes de ser preso por agentes da polícia venezuelana.

O que aconteceu

Um vídeo mostra Freddy Superlano arremessando o celular para longe enquanto é levado pelas autoridades. Outras duas pessoas também foram presas na operação.

Eles tentam se desfazer de pelo menos três celulares. Dois são recuperados pelos agentes. O outro voa por cima de um portão e cai em cima do teto de uma caminhonete.

Superlano é coordenador político do Voluntad Popular. Em comunicado, o partido diz que a prisão é um "alerta sobre a escalada repressiva da ditadura de Nicolás Maduro contra os ativistas da causa democrática, que exigem pacificamente a publicação dos resultados eleitorais".

A oposição venezuelana, observadores e lideranças internacionais questionam a vitória de Maduro nas eleições. O governo brasileiro também não reconheceu o resultado e cobra a divulgação dos dados desagregados de cada uma das sessões para legitimar o pleito.

Uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a falta de transparência nas eleições da Venezuela será realizada hoje. A solicitação foi feita após solicitação em nota conjunta de Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

Protestos convocados pela oposição tomaram cidades da Venezuela e deixaram mortos. Os manifestantes exigem que os votos sejam contados, e estátuas de Hugo Chávez foram derrubadas.

Maduro proclamado presidente para 3º mandato

O ditador Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela na tarde da segunda-feira (29). O CNE anunciou que Maduro havia vencido com 51% dos votos com 80% dos votos apurados.

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Proclamação ocorreu mesmo sem divulgação das atas da eleição. Processo eleitoral e a falta de transparência geraram dúvidas para a população, oposição e observadores internacionais. A OEA disse que não reconhece o resultado do pleito venezuelano sob a justificativa de que houve "vícios, ilegalidades e más práticas" durante o processo eleitoral.

María Corina Machado, líder do grupo, disse que a oposição "tem 73% das atas". "Com as atas que faltam, ainda que o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] desse 100% dos votos para Maduro, não chegam perto do Edmundo com o que já temos", declarou.

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