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OEA não reconhece vitória de Maduro na Venezuela e fala em 'ilegalidades'

A OEA (Organização dos Estados Americanos) informou nesta terça-feira (30) que não reconhece o resultado das eleições anunciado pela Justiça Eleitoral da Venezuela, em que o ditador Nicolás Maduro foi reeleito.

O que aconteceu

A OEA afirma que ''vícios, ilegalidades e más práticas'' ocorreram durante o processo eleitoral. A decisão foi dada após a realização de um relatório pela Organização, que também foi divulgado.

Documento diz que o sistema eleitoral venezuelano é tendencioso e está a serviço de Maduro. Ainda conforme o relatório, ''o regime ignora a vontade da maioria expressa nas urnas por milhões de homens e mulheres''.

Organização enfatizou que Maduro manipulou resultados e ignorou a vontade do povo. OEA concluiu que a vitória não merece confiança nem reconhecimento democrático, ''dado que não existe qualquer suporte documental público que suporte os dados anunciados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral)''.

Justificativas da OEA

  • Opacidade da CNE e a sua resistência à observação nacional e internacional
  • Extrema desigualdade na disputa, intimidação e perseguição política
  • Repressão de candidatos
  • Ataques à imprensa e à lei de informação
  • Atraso na abertura dos centros de votação e na divulgação dos resultados
  • Relutância em permitir que testemunhas das forças da oposição entrem nas assembleias de voto e nos centros de votação
  • Suspensão da transmissão dos resultados do diferentes centros de votação
  • Interrupção do serviço da página da CNE desde a noite de domingo (28)
  • Anúncio de um suposto hack ao sistema de transmissão sem fornecer qualquer prova
  • Contradição entre as percentagens anunciadas e os exercícios de verificação cidadã que foram à público no final do escrutínio

Maduro proclamado presidente para 3º mandato

O ditador Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela na tarde da segunda-feira (29). O CNE anunciou que Maduro havia vencido com 51% dos votos com 80% dos votos apurados.

Proclamação ocorreu mesmo sem divulgação das atas da eleição. Processo eleitoral e a falta de transparência geraram dúvidas para a população, oposição e observadores internacionais.

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María Corina Machado, líder do grupo, disse que a oposição "tem 73% das atas"."Com as atas que faltam, ainda que o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] desse 100% dos votos para Maduro, não chegam perto do Edmundo com o que já temos", declarou.

Protestos tomaram cidades da Venezuela e deixaram mortos. Os manifestantes exigem que os votos sejam contados, e estátuas de Hugo Chávez foram derrubadas.

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