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Maduro X Urrutia: como países se posicionaram sobre a eleição na Venezuela

Apesar de o CNE (Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela) declarar Nicolás Maduro como presidente eleito, o resultado é contestado por autoridades internacionais que apontam para fraude eleitoral no país sul-americano, já que as atas não foram divulgadas. Outros consideram o líder da oposição Edmundo González Urrutia como novo chefe do Executivo.

O que aconteceu

Além da União Europeia, 23 países não reconhecem Maduro e nem Urrutia como presidente. O grupo pede a divulgação oficial dos dados das votações (a data limite era 2 de agosto). Veja lista:

  • Alemanha
  • Austrália
  • Bélgica
  • Brasil
  • Canadá
  • Chile
  • Colômbia
  • El Salvador
  • Finlândia
  • Guatemala
  • Irlanda
  • Itália
  • Japão
  • Letônia
  • México
  • Noruega
  • Países Baixos
  • Paraguai
  • Portugal
  • Reino Unido
  • República Dominicana
  • Suíça
  • Ucrânia
  • União Europeia

Pelo menos 11 países aprovaram a reeleição de Maduro e parabenizaram o líder pelo resultado:

  • Bielorrússia
  • Bolívia
  • Catar
  • China
  • Cuba
  • Honduras
  • Irã
  • Madagascar
  • Nicarágua
  • Rússia
  • Síria

Ao menos 7 países consideram o líder opositor como o presidente eleito:

  • Argentina
  • Costa Rica
  • Equador
  • Estados Unidos
  • Panamá
  • Peru
  • Uruguai

Segundo o CNE, com 96% das urnas apuradas, 52% dos venezuelanos votaram em Maduro, contra 43% que escolheram Urrutia. Os números são de boletim emitido pelo órgão na tarde de sexta-feira (2).

O que disseram alguns países

Brasil, Colômbia e México tentam intermediar crise. Os países solicitaram, em conjunto, que a Venezuela divulgue os resultados das atas eleitorais. "Fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos", complementa a nota.

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Os EUA, por meio do secretário de Estado Antony Blinken, emitiu comunicado reconhecendo Gonzalez como presidente. "Dada a evidência esmagadora, é claro para os EUA e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo Urrutia recebeu maioria dos votos na eleição de 28 de julho na Venezuela", completou.

Diana Mondino, chanceler argentina, disse que "todos podemos confirmar, sem dúvida, que o legítimo ganhador e presidente eleito é Gonzalez". A posição do país veio hora após os EUA e Peru declararem não reconhecer Maduro como vencedor.

Uruguai e Costa Rica também defenderam que o líder da oposição é o novo presidente. O governo do Equador comentou que "há evidências de manipulação dos resultados eleitorais", apontando para Gonzalez como vencedor.

O resultado, anunciado pelo presidente do órgão máximo eleitoral do país, Elvis Amoroso, pleiteia mais um mandato de seis anos de Maduro. Paralelamente, a oposição liderada por Edmundo González Urrutia e María Corina alega ter vencido a eleição, com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

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