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Quem é Tim Walz, escolhido por Kamala Harris como candidato a vice

O democrata e governador do Minnesota, Tim Walz, foi escolhido por Kamala Harris como candidato a vice-presidente nas eleições de novembro, nos Estados Unidos. O veterano de 60 anos se destacou por defender Kamala, e já atacou Donald Trump e seu companheiro de chapa J. D. Vance, a quem chamou de "esquisito".

Quem é Tim Walz

É professor aposentado e ex-oficial não comissionado do Exército. Timothy James Walz nasceu em West Point, Nebraska, onde se formou em ciências sociais pela Chadron State College e conheceu a esposa Gwen Whipple. Após mudarem para o Minnesota, em 1996, Walz trabalhou como professor de geografia em Mankato. Ele também serviu à Guarda Nacional por 24 anos, de 1981 a 2005.

Foi membro do Congresso por um distrito com tendência republicana. Ele se candidatou pela primeira vez em 2006, quando derrotou o republicano Gil Gutknecht nas eleições gerais. Walz foi reeleito em 2008 com 62% dos votos, tornando-se o segundo congressista não republicano a conquistar um segundo mandato por Minnesota. Também venceu em 2010, 2012, 2014 e 2016.

Como governador, defendeu e promoveu políticas progressistas. Eleito em 2018 e empossado em 2019, Walz logo foi forçado a conciliar duas grandes crises: a pandemia de covid-19 e o caso George Floyd, um homem negro que morreu sufocado por um policial branco durante uma abordagem. Minneapolis, a maior cidade do Minnesota, acabou tomada por protestos pela morte de Floyd, o que desencadeou manifestações antirracistas nos EUA durante muitos meses.

Republicanos o acusam de ser muito 'frouxo' no combate ao crime. Os democratas, em contrapartida, elogiam seu histórico na defesa dos direitos civis, com uma agenda que inclui refeições gratuitas nas escolas, metas para combater as mudanças climáticas, cortes de impostos para a classe média e a proteção do direito ao aborto — questão transcendente nas discussões da campanha eleitoral.

Tem apelo comprovado entre eleitores brancos e rurais. Embora defenda pautas como os direitos reprodutivos das mulheres, por exemplo, Walz também demonstrou uma tendência conservadora ao representar um distrito rural no Congresso, apoiando interesses agrícolas e as armas.

Ganhou destaque após chamar o vice de Trump de 'esquisito'. O insulto se tornou popular entre apoiadores dos democratas. "Não coloque esses caras em um pedestal como se fossem heróis", disse Walz durante um evento em Saint Paul, no Minnesota. "Todo mundo aqui sabe — e, como professor, eu sei — que um agressor ['bully'] não tem autoconfiança. Não tem força. Eles não têm nada".

Ao longo da vida, aprendi a ser generoso com meus vizinhos, a fazer concessões sem abrir mão dos meus valores e a trabalhar pelo bem comum. Kamala Harris e eu acreditamos neste bem comum (...). Estamos prontos para lutar por isso. E como ela diz: quando lutamos, vencemos.
Tim Walz, no X

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O que acontece agora

Kamala e Walz devem participar de um evento hoje na Pensilvânia. O comício na Filadélfia dá início a uma turnê de cinco dias pelos principais estados decisivos — aqueles com um número significativo de votos no colégio eleitoral e onde as pesquisas estão apertadas — e que provavelmente decidirão a eleição.

Espera-se que a formalização da chapa aconteça até quarta (7). A ideia é que a oficialização ocorra antes da convenção do Partido Democrata, que será realizada em Chicago entre 19 a 22 de agosto. Dia 7 também é o prazo final para garantir que os candidatos apareçam nas cédulas do estado de Ohio, o que também justificaria o adiantamento do anúncio, segundo disseram autoridades democratas à AP.

Tenho orgulho de anunciar que convidei Tim Walz para ser meu companheiro de chapa. Como governador, treinador, professor e veterano, ele ajudou famílias trabalhadoras como a dele. É ótimo tê-lo na equipe. Agora, vamos ao trabalho.
Kamala Harris, no X

(Com Deutsche Welle)

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